O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou na última quinta-feira (7) a execução de pena após condenação em segunda instância. Hoje, 4.895 pessoas estão presas antes do esgotamento de todos os recursos, entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso político desde abril do ano passado. Os números são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A decisão, no entanto, não resultará em soltura imediata dos presos. O ministro Edson Fachin esclareceu que os advogados dos réus, que se encontram nessa situação, devem pedir a liberdade de seus clientes nos juízos responsáveis pelos processos que os levaram a prisão.
Em nota divulgada após o encerramento da sessão do STF, a defesa do ex-presidente informou que levará hoje (8) a juízo um pedido de soltura imediata de Lula. Advogado de Lula, Cristiano Zanin chegou na carceragem da Polícia Federal nesta quisnta-feira (8) às 10h. O defensor vai se reunir com o ex-presidente e se demonstrou otimista com relação a saída do petista ainda hoje.
“Com a decisão do STF, a Justiça do Federal do Paraná tem que colocar o lula imediatamente em liberdade. Para que isso ocorra o mais rápido possível é fundamental que a gente amplie a pressão popular na vigília e, se precisar, na parte da tarde, vamos nos concentrar em frente a Justiça Federal”, afirmou o integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Roberto Baggio.
Em frente à PF, também estão presentes integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e outras organizações do campo popular.
Pela lei, Lula já poderia ter entrado no regime semiaberto, mas recusou o pedir a progressão de pena por entender que isso feriria sua dignidade. "Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade”, afirmou o ex-presidente na ocasião.
De acordo com a Frente Brasil Popular no Paraná, 500 pessoas de caravanas de todo o país devem se somar à Vigília Lula Livre, em frente à PF, na expectativa da soltura do ex-presidente. Lula disse na última quinta que pretende visitar o local e saudar os militantes assim que sair da prisão.
Edição: Katarine Flor