O desmatamento na Amazônia cresceu 103,7% em novembro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados na sexta-feira (13). Foram 563,03 km² destruídos entre 1° e 30 de novembro, um recorde para o mês desde o início da série histórica, em 2015.
Os dados chamam a atenção porque o mês de novembro é o início de uma época chuvosa na maior parte da Amazônia, quando os índices supostamente diminuiriam.
Desde o fim de 2018, o sistema aponta um crescimento significativo dos números de desmatamento. Os dados do Inpe, no entanto, foram questionados pelo presidente Jair Bolsonaro. A polêmica culminou na exoneração do então diretor do instituto, Ricardo Galvão, em agosto.
Em junho, também em relação ao mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 90%. Em julho, agosto e setembro, os números foram ainda mais expressivos: 278%, 222% e 96%, respectivamente.
Desde janeiro, a destruição teve um aumento de 83,9%, em relação ao período de janeiro a novembro do ano anterior: 8.974,31 km², contra 4.878,7 km² destruídos em 2018.
Edição: Daniel Giovanaz