ECONOMIA

Inflação na Argentina sobe e atinge 4,3% em novembro, último mês da era Macri

Em 12 meses, contando desde o mesmo período do ano de 2018, a alta no IPC chegou a 52,1%

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O setor "Alimentos e bebidas não alcoólicas" sofreu uma alta de 5,3%.
O setor "Alimentos e bebidas não alcoólicas" sofreu uma alta de 5,3%. - Wikicommons

A inflação na Argentina voltou a subir no penúltimo mês do ano e fechou novembro com uma alta de 4,3%, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (12/12) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina).

Este índice é referente ao último mês da gestão do agora ex-presidente Mauricio Macri, que perdeu as últimas eleições presidenciais e entregou o posto ao novo mandatário, o peronista Alberto Fernández, na última terça-feira (10/12).

Em 12 meses, contando desde o mesmo período do ano de 2018, a alta no IPC (Índice de Preços ao Consumidor) chegou a 52,1%.

Segundo o jornal argentino Pagina12, o aumento no IPC em novembro foi impulsionado pela corrida cambiária desencadeada após as eleições primárias, as chamadas PASO, que já indicavam a vitória da chapa peronista no pleito presidencial de novembro. "Ao longo dos últimos 21 meses, a inflação se manteve sempre acima dos 2% ao mês", lembra o periódico.

Ainda segundo o Indec, o item que sofreu a maior alta em novembro foi o da "Comunicação", registrando uma variação de 7,4% a nível nacional. Por sua vez, o setor "Alimentos e bebidas não alcoólicas", que é o que possui maior incidência nos lares argentinos, sofreu uma alta de 5,3%.

Além disso, as regiões que registraram a maior alta de preços neste mês foram a Pampeana, centro-oeste, Cuyo, ao leste, e a Patagônia, no sul do país, todas elas com uma alta de 4,5%.

O relatório do instituto ainda aponta os itens que mais sofreram aumentos. Frutas como tomate, banana e limão puxaram o setor de alimentos para cima e registraram uma alta de 37%, 48,8% e 29,3% respectivamente. A carne, por sua vez, um dos itens mais consumidos pelas famílias argentinas, registrou um aumento de 10,8%.

Os dados de novembro não superaram os de setembro de 2018, o mais alto de toda a gestão Macri, com 6,5%.

Edição: Opera Mundi