O Ministério Público de La Paz, capital da Bolívia, emitiu nesta quarta-feira (18/12) um ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales pelos crimes de "sedição e terrorismo".
De acordo com a resolução do MP, a ordem de prisão "poderá ser executada em qualquer hora e dia e, se for necessário, recorrer ao apoio da força pública". Evo se encontra na Argentina como refugiado.
Segundo a própria presidente autoproclamada da Bolívia, Jeanine Áñez, as acusações contra o ex-mandatário se baseiam em supostas ligações telefônicas que Evo teria feito durante sua estada no México pedindo a líderes políticos que realizassem sabotagens no país.
O ex-presidente, forçado a renunciar ao cargo no dia 10 de novembro após um golpe de Estado, já denunciou a falsidade dessas ligações e garantiu que "o povo unido, organizado, seguirá empenhado pelo bem da democracia".
Pelo Twitter, Evo afirmou que a ordem de prisão é "inconstitucional, injusta e ilegal" e ironizou o pedido pelo fato de coincidir com o aniversário de 14 anos de seu primeiro mandato.
"Nos 14 anos de nossa revolução, o 'melhor presente' que recebo do governo de facto é uma ordem de prisão, injusta, ilegal e inconstitucional. Não me assusta, enquanto tenho vido seguirei com mais força na luta política e ideológica por uma Bolívia livre e soberana", disse.
"Se cumpriram com todos os requisitos investigativos e a comissão de fiscais emitiu as ordens de prisão contra o senhor Juan Evo Morales Ayma", diz o texto expedido pelo MP.
Edição: Opera Mundi