A greve contra a reforma da previdência da França proposta pelo presidente Emmanuel Macron chegou ao 29º dia consecutivo, nesta quinta-feira (02), com a paralisação ininterrupta dos trabalhadores do setor ferroviário.
Os funcionários da linha ferroviária francesa estão em greve desde o dia 5 de dezembro, se tornando a greve mais longa do setor na história da França. Entre 1986 e 1987, a Sociedade Nacional das Ferrovias (SNCF), empresa responsável pelo transporte de trilhos no país, registrou 28 dias de paralisação.
Nesta quinta-feira, terminais estavam bloqueados em Paris, capital do país, e em outros locais da França. A frota de circulação dos trens internacionais está pela metade, assim como entre regiões e cidades francesas.
O presidente da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Philippe Martinez, disse que "mais greves são necessárias em todos os lugares".
Greve Geral
As centrais sindicais já convocaram diversas mobilizações em rechaço à reforma de Macron, que foi uma promessa de campanha quando o presidente concorreu à presidência.
No último 17 de dezembro, cerca de 1,8 milhão de pessoas foram às ruas da França para protestar contra a reforma de Macron. No dia, segundo a GCT, mais de 260 manifestações aconteceram em mais de 80 cidades do país.
Esse foi o segundo dia que a greve contabilizou mais franceses na rua. Em 5 de dezembro, no primeiro dia de greve geral, mais de 1,5 milhão de pessoas estavam nas ruas.
Ainda no dia 16 de dezembro, o Alto Comissário para a Aposentadoria na França e idealizador do projeto da reforma da previdência do país, Jean-Paul Delevoye, pediu demissão. O ex-funcionário mantinha cerca de 13 contratos como consultor e ocultou a informação do governo francês, motivo que gerou sua saída.
*Com teleSur e Ansa.
Edição: Opera Mundi