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Presidente do México diz que seguirá dando asilo a perseguidos políticos da Bolívia

"Não vamos fraquejar em dar proteção a perseguidos políticos que estão em nossa embaixada", afirma López Obrador

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Passeata na Bolívia contra a presidenta interina Jeanine Áñez
Passeata na Bolívia contra a presidenta interina Jeanine Áñez - Ronaldo Schemidt/AFP

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), disse, nesta quinta-feira (02), que seu país continuará dando proteção aos ex-funcionários do governo do boliviano Evo Morales que estão asilados na embaixada mexicana em La Paz.

"O secretário de Relações Exteriores está constantemente informado de que a instrução dele é de reafirmar o direito de asilo, que não vamos fraquejar em dar proteção a perseguidos políticos que estão em nossa embaixada", afirmou o presidente.

AMLO ainda disse que os mandados de prisão contra alguns funcionários que estão na residência diplomática mexicana foram emitidos quando eles já estavam protegidos na embaixada.

"Se entregá-los, estaríamos encerrando o direito de asilo que é sagrado para o México, faz parte do direito internacional, mas no caso do nosso país, sempre, mesmo em circunstâncias mais difíceis, ele foi cumprido. É uma questão de princípio. Não cairemos em nenhuma provocação, é defender nossos princípios de política externa", acrescentou.

O governo autoproclamado da Bolívia afirmou que não irá conceder salvo condutos para que os políticos possam se estabelecer de fato no México.

Dentre os asilados está o ex-ministro da presidência de Morales, Juan Ramón Quintana, que é acusado pela presidente autoproclamada, Jeanine Áñez, de terrorismo.

Diplomacia

No último 30 de dezembro, Áñez classificou como persona non grata diplomatas do México e da Espanha e deu um prazo de 72 horas para que os funcionários deixassem a Bolívia. 

O anúncio da mandatária autoproclamada aconteceu após seu governo acusar a Espanha de supostamente ter tentado auxiliar na fuga de ex-ministros de Evo Morales que estão asilados na embaixada mexicana.

No mesmo dia, o governo espanhol respondeu o governo boliviano e expulsou três funcionários diplomáticos de seu país, e ainda os classificou como personas non grata

O México, por sua vez, anunciou o retorno da embaixadora mexicana que ficava em La Paz, Maria Teresa Mercado, para "resguardar sua segurança e sua integridade".

*Com teleSur.

Edição: Opera Mundi