O Ministério das Relações Exteriores informou que a embaixada brasileira em Teerã participou de uma reunião com a chancelaria iraniana nesta segunda-feira (6). Maria Cristina Lopes, encarregada de Negócios do Brasil na capital do Irã, e representantes de outros países que também se manifestaram sobre o ataque estadunidense em Bagdá, no Iraque, na quinta-feira (2), participaram do encontro.
Segundo o Itamaraty, “a conversa, cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual prática diplomática”. Além do Brasil, as embaixadas da Suíça e Alemanha também foram convocadas.
O ataque de mísseis com drones estadunidenses no Aeroporto Internacional de Bagdá deixou entre os mortos o general Qasem Soleimani, então comandante das Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana. De acordo com o presidente dos EUA Donald Trump, o ataque teve por objetivo impedir uma investida contra americanos na região, que estaria sendo planejada por Soleimani.
Depois da ataque estadunidense, o Itamaraty soltou uma nota, na qual afirma apoiar a “luta contra o flagelo do terrorismo”, sem lamentar, no entanto, a morte do general iraniano.
"Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo", afirmou o governo brasileiro em nota.
Edição: Julia Chequer