O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (10) novas sanções econômicas contra o Irã e autoridades iranianas, depois dos ataques do país persa a bases iraquianas que abrigam tropas dos EUA no início desta semana. O anúncio foi feito pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin, em coletiva de imprensa junto com o secretário de Estado, Mike Pompeo.
Mnuchin anunciou 17 sanções aprovadas pelo presidente Donald Trump destinadas a sufocar a economia do Irã e outras medidas contra oito autoridades iranianas que os EUA acreditam estarem envolvidas no lançamento dos mísseis contra as bases iraquianas no início desta semana. Segundo os funcionários da Casa Branca, os alvos de sanções são protagonistas de atividades “desestabilizadoras” no Oriente Médio.
De acordo com o portal G1, entre as autoridades iranianas vítimas das novas sanções estão o secretário do Conselho de Segurança Nacional Supremo, Ali Shamkhani, e alguns dos "maiores produtores" de aço, ferro e cobre do país islâmico.
"Queremos que o Irã se comporte simplesmente como uma nação normal", afirmou Pompeo. Na quarta-feira (08), Trump já havia anunciado que iria impor novas sanções contra o Irã. Na ocasião, o mandatário afirmou que os estadunidenses "querem paz".
“Ao remover Soleimani, nós mandamos uma mensagem poderosa aos terroristas. Vocês não vão ameaçar as vidas de nosso povo. Nós continuamos a avaliar respostas, mas vamos estabelecer também novas sanções. Essas sanções poderosas vão permanecer até que o Irã mude o seu comportamento”, disse Trump, em seu primeiro pronunciamento após o ataque iraniano a tropas americanas no Iraque.
Informações precisas
Em entrevista ao canal norte-americano Fox News nessa quinta-feira (09), Mike Pompeo reconheceu que os EUA não tinham informações exatas sobre o suposto plano de ataque que estaria sendo planejado pelo general iraniano Qasem Soleimani, o que, segundo o próprio presidente Donald Trump, motivou o bombardeio do exército norte-americano sobre o aeroporto de Bagdá, no Iraque, que terminou com a morte do general da Guarda Revolucionária do Irã (GRI).
“Não há dúvidas de que Qasem Soleimani planejava uma série de ataques, não sabemos exatamente quando, nem onde, mas era uma ameaça real”, afirmou o secretário.
Pompeo ainda disse que Trump “tomou a decisão correta” ao ordenar o bombardeio para assassinar Soleimani. “Havia uma verdadeira oportunidade aqui e “uma verdadeira necessidade aqui”, disse.
No dia 3 de janeiro, depois do bombardeio perpetrado pelos EUA que assassinou o general Iraniano, Trump acusou o general de ser responsável pela morte de "milhares de americanos" e de estar "conspirando para matar muitos mais". "O General Qasem Soleimani matou ou feriu gravemente milhares de americanos por um longo período e estava conspirando para matar muitos mais... mas ele foi pego!", disse o presidente dos EUA pelo Twitter.
Edição: Opera Mundi