O mundo vive uma crise de hegemonia, onde a disputa central se dá na economia, na política e ideologicamente entre o imperialismo dos Estados Unidos (EUA) e a China. Ao olhar a produção, a dívida, a crise crescente dos países e a desdolarização, percebe-se que a economia se desloca em favor da China. Esses fatores são motivos para o desespero dos EUA para controlar em especial a América Latina e o Oriente Médio.
A postura desesperada dos EUA causa impacto na maior parte dos países dos continentes, devido a relação de dependência econômica.
Na economia, volta a recolonização. A ordem é ter países sem leis para facilitar o controle e a privatização dos recursos naturais e das empresas públicas. Isto significa privatização do petróleo, da água, dos minérios, das florestas, da biodiversidade. Está claro que o Imperialismo não hesita em apoiar golpes e democracias autoritárias para esmagar oposições e lideranças populares e democráticas.
Na América latina, as forças populares, que elegeram governos de esquerda e progressistas no final do século XX e início dos anos 2000, numa clara respostas às políticas neoliberais imperialistas, vêm sofrendo um forte e articulado golpe nos direitos sociais conquistados.
No Oriente médio se mantém o estado permanente de conflitos militares apoiados, ou diretamente executados pelos EUA, através do governo Donald Trump e sua máquina de guerra beligerante com o intuito claro de controlar as maiores reservas de petróleo, gás e as riquezas naturais do continente.
Para se ter uma ideia do que está por trás dos permanentes conflitos no Oriente Médio e na América latina, está disposto a seguir, dados sobre as principais reservas de petróleo do mundo:
O país com mais reservas de petróleo é a Venezuela (300,9 bilhões de barris), seguido da Arábia Saudita (266,5 bilhões de barris), do Canadá (169,7 bilhões de barris), do Irã (158,4 bilhões de barris), do Kuwait (101,5 bilhões de barris) e do Brasil, que com a descoberta do pré-sal chegou a aproximadamente 100 bilhões de barris.
Com essa compreensão, é possível entender na geopolítica o que está por trás dos conflitos no Oriente Médio e na América Latina, historicamente.
Neste contexto, cabe às esquerdas e aos progressistas endossarem a luta em defesa das soberanias nacionais, da democracia e da paz, esperança e liberdade dos povos.
Edição: Monyse Ravena