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Jornal Brasil Atual Edição da Tarde | 30 de janeiro de 2020

Entrevista com ex-assessor da diretoria do BNDES que critica debate sobre "caixa preta" do banco é destaque do programa

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Ouça o programa ao vivo das 17h às 18h30 na Grande São Paulo (98.9 MHz) e noroeste paulista (102.7 MHz) e através do site do Brasil de Fato
Ouça o programa ao vivo das 17h às 18h30 na Grande São Paulo (98.9 MHz) e noroeste paulista (102.7 MHz) e através do site do Brasil de Fato - Juliana Almeida | RBA

No último sábado (25), o Tribunal de Contas da União (TCU), deu um prazo de 20 dias para que o BNDES explique o aumento do valor da auditoria contratada para abrir a suposta caixa-preta das operações do banco com as empresas do grupo J&F, que custou R$ 48 milhões após dois aditivos. Depois de um ano e dez meses focada em oito operações com as empresas JBS, Bertin, Eldorado Brasil Celulose, a auditoria não encontrou irregularidades.

Em entrevista ao Jornal Brasil Atual Edição da Tarde, o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e ex-assessor da diretoria do BNDES, Luiz Carlos Prado, afirmou que a discussão sobre a “caixa preta” do BNDES é “completamente espúria”.

"O BNDES tem muitos mecanismos de controle que impedem que qualquer dirigente tome uma decisão sem que passe por uma série de instâncias internas do banco, portanto é muito improvável a existência de problemas de desvios no banco; é algo que nunca se constatou ao longo da sua história", explica o economista. 

Luiz Carlos Prado destaca que os problemas em relação ao BNDES são outros, e têm a ver com o desmonte do financiamento do banco de desenvolvimento: "O mais preocupante é a destruição das condições de financiamento do próprio banco, a venda de uma quantidade muito grande de ações de propriedade do banco, que são muito importantes para sua manutenção. Isso é o mais preocupante porque não se trata de um banco desse governo, ou do governo anterior, é um banco do Estado brasileiro, construído ao longo de gerações, e que tem, e terá um papel fundamental a cumprir no futuro".

O jornal repercute ainda a coletiva de imprensa realizada pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), para denunciar a responsabilidade da Vale nas recentes enchentes em Minas Gerais e Espírito Santo. A atividade aconteceu na manhã desta quinta-feira (30), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Ouça os demais destaques logo no início do jornal.

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O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde é uma produção conjunta das rádios Brasil de Fato e Brasil Atual. O programa vai ao ar de segunda a sexta das 17h às 18h30, nas frequências da Rádio Brasil Atual na Grande São Paulo (98.9 MHz) e noroeste paulista (102.7 MHz), e pela Rádio Brasil de Fato (online). Também é possível ouvir pelos aplicativos das emissoras: Brasil de Fato e Rádio Brasil Atual.

Edição: Mauro Ramos