Já virou piada o fato de que a Polícia Federal, em Curitiba, onde está preso o ex-presidente Lula, recebe mais líderes mundiais do que Temer, abandonado em fim de feira no Palácio do Planalto.
Com quase 170 dias de uma prisão arbitrária, é verdade que, da social-democracia europeia a líderes progressistas latino-americanos, do sindicalismo dos EUA a ex-chefes de Estado, todos expõe a credibilidade do próprio nome em defesa de Lula.
Não nos referimos só a líderes da esquerda que visitaram o ex-sindicalista, caso do ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica, do ator de “Máquina Mortífera”, Danny Glover, entre outros. No dia 20 de setembro, o visitante foi o linguista Noam Chomsky.
O líder brasileiro também recebeu a visita de Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia (1994-1998), do alemão Martin Schulz, integrante do Parlamento Europeu, do mexicano Cuauhtémoc Cárdenas Cárdenas, ele mesmo vítima de uma fraude eleitoral, em 1988.
Trata-se aqui da percepção de que a prisão de Lula é uma ameaça à democracia a nível mundial, pelo patamar de perseguição e de ativismo judicial. No fundo, essas vozes mundiais estão dizendo “não” aos ataques contra a democracia e ao aprofundamento do golpe.
*Neudicléia de Oliveira e Pedro Carrano são Integrantes da Vigília Lula Livre.