A Justiça Federal aceitou neste domingo (10) as denúncias feitas pelo Ministério Público Federal e tornou réu o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Ele será investigado na Operação Integração, dentro da Lava Jato, que apura o pagamento de propina ao tucano e outros agentes públicos feito por empresas de pedágio no estado. Richa é acusado de corrupção passiva e organização criminosa. Outras nove pessoas também foram denunciadas.
No dia 25 de janeiro, Richa chegou a ser preso preventivamente na 58ª fase da Operação Lava Jato, sob a acusação de que teria tentando influenciar o depoimento de testemunhas. Foi solto no dia 1 de fevereiro. O tucano também já havia sido preso na 53ª fase da Lava Jato,em setembro de 2018, junto com a esposa e o irmão. Na época, era candidato ao Senado Federal.
Essa não é a primeira vez que o ex-governador se torna réu. Ele também é investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na Operação Rádio Patrulha, que investiga um esquema de propina para desvio de dinheiro por meio de licitações no programa "Patrulha do Campo".
Denúncias
As denuncias apontam que o esquema de pagamento de propina por parte das concessionárias de pedágio teve início há 20 anos, o que fez com que as tarifas de pedágio aumentassem que apenas 25% das obras previstas fossem concluídas.
A acusação diz que Richa recebeu certa de R$ 2,5milhões em propina, utilizados para adquirir imóveis de uma empresa em nome de da esposa e filhos do tucano.