A Câmara Federal realiza neste momento a sessão que vai eleger o novo presidente da Casa. Com pouco mais da metade dos deputados presentes – 257 parlamentares precisam registrar presença para que a mesa diretora encaminhe a votação –, o plenário já vivencia os primeiros embates do dia, com os diferentes blocos defendendo suas candidaturas. Seis candidatos disputam o cargo, que é o segundo na linha sucessória da Presidência da República.
O atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é considerado favorito e projeta vitória folgada diante dos demais concorrentes, que são André Figueiredo (PDT-CE), Jovair Arantes (PTB-GO), Júlio Delgado (PSB-MG), Luiza Erundina (PSOL-SP) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Apesar de ter passado as últimas semanas em campanha extraoficial, ele registrou a candidatura na noite dessa quarta-feira (1°), logo depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu o pedido de liminar feito por quatro opositores para barrar sua participação na eleição.
Na segunda-feira (30), os deputados Arantes, Figueiredo, Delgado e Rogério Rosso (PSD-DF) ingressaram com pedido de impugnação da candidatura de Rodrigo Maia. Rosso era oficialmente candidato quando o pedido foi feito, mas desistiu da disputa nessa quarta (1°). A polêmica em torno de Maia reside no fato de o regimento interno da Câmara vetar a reeleição do presidente em uma mesma legislatura.
O democrata tem alegado que a regra não se aplicaria ao seu caso, pelo fator de se tratar de um mandato-tampão. Maia se elegeu em julho do ano passado, após a renúncia do então presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Desde então vem tentando consolidar apoios no sentido de estender a permanência no cargo. Nas últimas semanas, costurou alianças com mais de dez legendas, incluindo PSDB, DEM, PSB, PP e PCdoB.
O processo eletivo tem voto secreto e se dá por meio de urna eletrônica. Nesta quinta-feira (2) também serão eleitos outros dez cargos que compõem a mesa diretora da Casa, com escolha de dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.