Ele passava com seu grande e belo carro de Homem das Armas. Insinuava-se com seu porte másculo. Suas estrelas ali a brotarem conquistas pomposas. Adversários um dia foram estraçalhadas pelos seus dentes. Ah… eu me vejo naqueles olhos dilacerantes. Ele sou eu? Eu sou ele?
Tentei me exibir para que ele entendesse essa semelhança secreta. “Sou igual a você!” tencionei gritar. Meu pelo luzia como seus óculos dourados, que convocam esta ordem autoritária de violência. Uivei! Lati. Corri. E fazia aquela pose para que ele me dissera:
– Sim, de fato, meu caro presidente, somos tua matilha leal.
Nisso, ele chegou e se aproximou do meu focinho. Lambeu-me. Corremos juntos pelos montes como bons predadores. Estaríamos sempre à espreita de alguma ordem para exterminar o inimigo oculto. Todo espectro de rebelião e justiça deveria ser estraçalhado pelos nossos dentes selvagens. E sim, ali poderíamos realizar todos nossos instintos vorazes.