Estamos diante de uma indefinição. Servidores municipais de Curitiba, de mais de quinze profissões, somando 32 mil trabalhadores, não aceitam a perda de direitos nos projetos do “pacotaço” de Rafael Greca (PMN). Eles novamente ocuparam, no dia 20, a Câmara pela retirada dos projetos da pauta da casa. A votação do pacotaço foi adiada pelo menos até segunda-feira (26).
Na Câmara o futuro de Curitiba está sendo decidido. Os vereadores ligados à base do prefeito querem manter o ajuste na pauta a qualquer preço. Já os servidores criticam o discurso de que essa luta é apenas de “sindicalistas”, quando na verdade o sindicato é fundamental, mas uma mobilização cresce quando conta com os trabalhadores da base. Neste sentido, a luta de servidores, mais de 80% mulheres, ganha adesão e legitimidade.
Greca, por sua vez, não encara o funcionalismo, numa atitude irresponsável, devido à falta de diálogo. Com isso, o risco de mais episódios de violência policial pode se repetir.
Este caso não é particular de Curitiba. Em 2015, o governador Beto Richa (PSDB) “inovou” com uma forma de aprovar projetos que consiste em: difamar os trabalhadores; aprovar o ajuste fiscal de qualquer forma; manter regalias dos altos cargos do Estado; aplicar a truculência contra professores e servidores públicos. Mas a sociedade já não aceita!