A Caravana de Lula pelo Sul do país reforçou mais uma vez a conexão do ex-presidente com as camadas mais pobres da sociedade, com os trabalhadores, informais e formais, de diferentes categorias, do campo e da cidade.
O ato de encerramento, em Curitiba, com a presença de vários partidos e o comparecimento da população, ganhou caráter de defesa nacional da democracia. Isso porque, ao contrário do que ocorreu noutras jornadas, no sul os ruralistas e pequenos grupos atacaram a caravana, com conivência da Polícia Militar. O caso mais sério foi o atentado a bala sofrido no trecho entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras.
No fundo, há um medo da elite brasileira por trás disso. Isso porque Lula simboliza a principal saída que o povo enxerga para esse momento de crise política e econômica. Ele já aplicou um programa de desenvolvimento e políticas sociais, bem diferente do que o atual do governo Temer.
A perseguição política contra Lula, uma prisão ou inviabilidade eleitoral, levará a um caminho de mais crise em nossa democracia. Como o próprio Lula enfatizou na sua fala, na Praça Santos Andrade, hoje ele não é apenas uma pessoa, mas há por trás milhares pensando como ele. E é nas ruas que deve prevalecer a força do povo.