A notícia da manhã do dia 6, de que a Polícia Federal invadiu a Universidade Federal de Minas Gerais, conduzindo coercitivamente o reitor e a vice-reitora, mostra o avanço do estado de exceção no Brasil.
Até mesmo no Paraná tivemos os seguintes casos, em menos de uma semana, nos quais o Estado reprimiu a classe trabalhadora: músicos foram presos no centro de Curitiba e ficaram até três dias encarcerados; um despejo forçado ocorreu em Campo Largo, em área abandonada há vinte anos e ocupada por 150 pessoas; o agricultores da cidade de Pinhão foram despejados, com destruição de igreja e posto de saúde. Não acreditamos que os fatos estejam desconectados entre si. E qual é a razão?
O governo Temer, além de levar a sociedade à intolerância, toma medidas antipopulares e repressivas. Estamos também diante de um poder Judiciário abusivo, que prende primeiro e pergunta depois a razão. No caso da violência policial, o governo Temer dá sinal verde para que o povo pobre seja reprimido. Afinal, ele sabe que, para aprovar a reforma da previdência e as privatizações, precisa de um ambiente de intimidação.
Ainda que os trabalhadores tenham se recolhido depois da greve geral do 28 de abril, devido também à ameaça do desemprego, o fechamento da democracia e a piora das condições de vida prometem lutas explosivas em um futuro próximo. Neste momento, é preciso seguir na organização do povo contra os atuais abusos.