O grande volume de chuvas e a alta temperatura fazem com que os estados da Amazônia estejam entre os de maiores ocorrências de raios.
O Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo. Um estudo do Elat, o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, mostrou que entre 2012 e 2017 caíram, em média, 78 milhões de raios por ano.
Os estados mais atingidos foram Tocantins, com cerca de 17 por quilômetro quadrado, seguido por Amazonas e Acre, com média de 16 raios por quilômetro quadrado.
O coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior, diz que não é coincidência que os estados situados no bioma da floresta amazônica tenham mais ocorrências desse fenômeno.
“A floresta amazônica é uma região, digamos assim, com umidade muito alta e num local do planeta com altas temperaturas. Essa combinação de temperaturas altas e altas umidades é um prato cheio para que ocorram tempestades.”
A única maneira de se prevenir de acidentes com raios, segundo o Elat, é observar o céu e procurar abrigo. Quando existe alguma tempestade próxima, o ar tende a ficar mais frio e é possível ouvir trovões.
Isso indica que a tempestade está, no máximo, a 20 quilômetros distância. De acordo com Osmar Junior, o ideal é se abrigar em um local fechado, como um carro ou uma residência.
“Um quiosque na beira da praia do rio não é um local seguro, assim como debaixo de um ponto de ônibus e assim por diante.”
Dos mitos mais comuns sobre o que fazer para se proteger de raios, Osmar destaca que estar com o celular debaixo de um guarda-chuva não aumenta em nada as chances de ser atingido por raios.
O máximo que o celular faz, segundo ele, é distrair as pessoas no meio de uma tempestade e gerar outros tipos de acidente.
Sobre o guarda-chuva, os modelos feitos atualmente não oferecem riscos pois não tem uma estrutura metálica consistente o suficiente para atrair eletricidade.
Artigo original publicado em Radioagência Nacional.