O governo Bolsonaro completa seis meses e o Brasil se afunda em crises, na economia, na política e na ética.
Seu cinismo, porém, não permite esconder o envolvimento com as milícias (ligadas ao assassinato de Marielle Franco), o tráfico de drogas em avião presidencial e as práticas ilegais de Moro (que prejudicaram Lula no processo eleitoral de 2018 e o mantêm preso).
Mesmo que tente fingir normalidade, os desastres são grandes demais para serem encobertos. O maior deles são os 13,4 milhões de desempregados. Além disso, cortes orçamentários abalam a educação, especialmente as universidades federais, e a saúde, com o desmonte do programa Mais Médicos. Não bastasse isso, Paulo Guedes, o ministro da Economia, encomendou uma dura reforma da previdência que deixará a classe trabalhadora sem um direito básico.
Bolsonaro governa por decretos – como todo governo autoritário. Foi assim que tentou facilitar o acesso às armas de fogo, impor sigilo em informações de interesse público e extinguir conselhos federais que cuidam de direitos fundamentais. E assim liberou agrotóxicos e propôs privatização de estatais.
O governo Bolsonaro, nestes seis meses, mostrou que não tem projeto e, sem um Projeto Popular, de direitos para o povo e a classe trabalhadora, o Brasil não sai da crise.