O depoimento, Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário da Yacows, para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foi uma coleção de contradições, respostas inseguras e ofensas a uma jornalista. Durante a sessão, a deputada Bonavides (PT/RN) foi uma das responsáveis por escancarar as inverdades contadas pelo depoente. A Yacows foi acusada de realizar disparos de mensagens em massa em favor de campanhas eleitorais em 2018.
A Rádio Brasil Atual entrevistou a deputada que anunciou qual medida será tomada.
“Logo após a sessão, nós começamos a tomar as providências, está sendo protocolado uma queixa-crime [petição inicial para dar origem à ação penal privada], por ele ter cometido esse crime de falso testemunho. A CPMI tem competência de investigação, não é só debate. Ele estava na condição de testemunhas e mentiu.”
Um dos momentos mais graves do depoimento foi o ataque misógino à jornalista da Folha de SP Patrícia Campos Mello, que publicou uma matéria sobre o disparo em massa de mensagens durante a campanha eleitoral de 2018. Hans River, durante a seu depoimento na CPMI, que foi entrevistado por Patrícia Campos Mello, disse que a jornalista se insinuou sexualmente para ele com o intuito de conseguir informações.
Patrícia Campos Mello e a Folha de SP responderam a Hans River publicando diversos documentos e fotos de conversa que mostram que o depoente mentiu.
Natalia Bonavides contou outra mentiras no depoimento do ex-funcionário da Yacows na CPMI.
“Outra coisas absurdas, do tipo que ele começou a trabalhar pro PT depois da prisão de Lula, sendo que no próprio processo que ele entrou contra e empresa, ele afirma que só começou a trabalhar depois de agosto. Ele começou a inventar uma série de fatos. Disse que fez campanha em 2018 para uma pessoa que nem foi candidata.”
Na entrevista, a deputada também falou sobre as denúncias do Gabinete do Ódio, um setor dentro do Palácio do Planalto acusado de articular a criação de notícias falsas para atacar figuras políticas.
“Cada vez tem ficado mais nítido e comprovado que dentro do palácio do planalto, próximo do presidente, funciona um gabinete de pessoas pagas por dinheiro público que coordenam essa atuação de disseminação de mentiras e falsas e destruição de reputação. Nós temos que ter noção do que significa isso. O objetivo da CPMI não é só sobre as eleições de 2018.”
Escute a entrevista completa no player acima.
Edição: Lucas Weber