Assim que chegar o sábado de Carnaval, no dia 22, o sobrado de nº 155 da Ladeira da Misericórdia, em Olinda (PE), se transformará na 1ª Casa de Redução de Danos (RD) no Carnaval de Pernambuco e do Brasil.
A Casa Fique Suave é parte da iniciativa coletiva “Fique Suave no Carnaval - Se for usar drogas, reduza os danos!”, proposta da Escola Livre de Redução de Danos, que atuará de forma integrada com o trabalho de mais de 30 agentes voluntários.
Durante os dias de carnaval, somente em Olinda serão distribuídos cinco mil kits de redução de danos, composto por soro, canudos, camisinhas, tatuagens corporais da RD, água, protetor solar, pirulito, cartão com tabela sobre a mistura de drogas, sedas e piteiras.
O objetivo é a segurança das pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas durante a folia, período em que o cuidado com a hidratação e outras medidas de redução de danos se tornam ainda mais importantes.
Na casa, haverá três espaços interativos:
- #Informa, com acesso ao Museu das Drogas, exposição sobre história e uso, composição das drogas e seus efeitos, estratégias de RD, além da testagem de substâncias, para que foliões tenham direito a saber o que estão consumindo.
- #Calibra, com águas e frutas liberadas, cerveja sem transgênicos, comida e música para calibrar a volta ao frevo das ruas.
- #Recupera, voltado para descanso e acolhimento, estimulando os foliões com práticas integrativas de aromaterapia e cromoterapia.
A casa é produzida pela Palaffit Produções, em parceria com a Escola Livre de Redução de Danos e demais coletivos antiproibicionistas, de comunicação, cervejarias, tabacarias e alimentação.
Além da casa, a #Ação Fique Suave no Carnaval terá também o Quintal Fique Suave, área de acesso gratuito para acolhimento e redução de danos, e o Fique Suave nas Ladeiras, com equipes de agentes de redução de danos acompanhando os principais blocos.
Contraponto ao punitivismo
A Redução de Danos, ou RD, é um conjunto de estratégias e práticas individuais e coletivas, com o objetivo de reduzir os danos associados ao uso de drogas psicoativas (lícitas e ilícitas) para pessoas que não querem ou não podem parar de usar drogas.
As intervenções são baseadas no compromisso com a autonomia dos cidadãos a saúde pública e os direitos humanos, tendo em perspectiva o acolhimento e a autonomia de escolha das pessoas em contraponto a políticas e práticas punitivistas.
Fonte: BdF Pernambuco
Edição: Rodrigo Chagas e Monyse Ravena