Petroleiros e petroquímicos do Paraná e Santa Catarina decidiram suspender temporariamente a greve para prosseguir nas negociações com a Petrobras, no dia 20 de fevereiro. Porém, a chance de retomada do movimento grevista existe.
O movimento nacional grevista avalia que o próximo passo é buscar o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Afirma também que a Petrobras desconsidera até aqui o conteúdo deste acordo. No dia 27 de fevereiro (quinta), ocorre segunda mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
“Continuamos na expectativa de ter solução favorável a partir de negociação com a Petrobras. Se a empresa continuar a se mostrar intransigente, teremos ações mais contundentes. Mas nosso foco é pelos empregos”, afirma Gerson Castellano, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “Se essas demissões ocorrem em Araucária, vão se expandir para toda a Petrobras”, prevê.
Avaliação positiva
O tom geral da avaliação é que a greve de vinte dias mostrou a força do movimento, impediu temporariamente a demissão de 1000 trabalhadores da Fafen Nitrogenados e animou outras categorias na resistência contra as medidas do governo Bolsonaro.
Esta é o pensamento de Diana Abreu, professora municipal e diretora executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR): “A agenda do Bolsonaro e do Paulo Guedes é destrutiva para as políticas e serviços sociais no Brasil. Nesse sentido as greves em curso, de petroleiros, dos servidores da Casa da Moeda e do Dataprev podem injetar o gás, o ânimo necessário para que os demais trabalhadores do serviço público somem-se na resistência”, aponta.
18 de março
Diana afirma que o dia 18 de março é data de referência para greve no serviço público e participação dos demais setores da sociedade civil. “Tenhamos todos alma de petroleiros que resistem por seus empregos, por direitos e pela soberania do Brasil”, convoca Diana.