O Instituto Marielle Franco, criado pela família da vereadora assassinada há quase dois anos, inaugurou no último domingo (1º), a “Casa Marielle”, no Largo de São Francisco da Prainha, região central do Rio de Janeiro. O objetivo da organização é buscar justiça para o caso, preservar a memória e multiplicar o legado de Marielle após o crime que tirou sua vida e a do motorista Anderson Gomes em março de 2018.
A abertura da “Casa Marielle” foi possível após uma campanha de financiamento coletivo e a inauguração contou com apresentações de blocos de carnaval, músicos e DJ’s. O espaço conta com uma exposição permanente sobre a trajetória da vereadora e vai abrigar atividades durante todo mês de março.
“Participei aqui no Rio, da abertura da ‘Casa Marielle’, que durante o mês de março receberá rodas de conversa, oficinas para jovens negras, LGBTIQs e da periferia. Marielle Vive! Marielle Presente!”, escreveu a deputada federal Benedita da Silva (PT) em sua página no Facebook.
A forte chuva que atingiu o Rio no final de semana não desanimou o público. Segundo o Instituto, mais de 7 mil pessoas já visitaram o espaço. Em um dos momentos mais emocionantes da inauguração, um cortejo carnavalesco tocou o samba da Mangueira “Histórias Para Ninar Gente Grande” e contagiou a multidão.
Financiamento coletivo
Além da “Casa Marielle”, entre as metas criadas de financiamento coletivo do Instituto estão a criação da metodologia para a “Escola Marielles”, de formação para jovens negras, LGBTs e periféricas de todo o Brasil, e do “Centro de Memória e Ancestralidade”, que vai reunir acervo físico e digital sobre a história da Marielle e do povo negro. Também em 2020, os recursos arrecadados na campanha também vão custear um circuito de lançamento do Instituto em todo país.