"Esse movimento de rua é muito bem-vindo", disse o presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado (7), em referência aos atos contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), convocados para o dia 15 de março.
Bolsonaro discursou em Boa Vista (RR), antes de seguir para os EUA, onde se reunirá com o presidente Donald Trump para discutir um acordo militar entre os países.
“Pessoal, não é fácil. Já levei facada no pescoço dentro do meu gabinete, (dada) por pessoas que não pensam no Brasil, pensam neles apenas. Essa é uma grande realidade. Dia 15 agora, tem um movimento de rua espontâneo. Se um político tem medo de movimento de rua, não serve para ser político. Então participem. Não é um movimento contra o Congresso, contra o legislador, contra o Judiciário. É um movimento pró-Brasil. É um movimento que quer mostrar para todos nós – presidente, Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário – que quem dá um norte para o Brasil é a população”, disse Bolsonaro.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o ministro do STF, Dias Toffoli, teriam manifestado a aliados descontentamento e indignação com a fala de Bolsonaro.
O presidente já havia divulgado vídeo de convocatória para os atos, e tentou desmentir o fato em uma transmissão ao vivo, afirmando que o vídeo era de 2015 (apesar de a peça contar com imagens posteriores a esse ano).
Sobre essa convocatória, especialistas consultados pelo Brasil de Fato, já haviam afirmado que o presidente da República teria cometido crime de responsabilidade.
Edição: Mauro Ramos