Um juiz norte-americano ordenou na quinta-feira (12) a libertação imediata da ex-soldado Chelsea Manning, fonte de um dos vazamentos de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos ao WikiLeaks.
A decisão foi tomada no dia em que o advogado de defesa de Manning informou que a ex-militar foi internada após tentar suicídio em um centro penitenciário na Virgínia.
Manning está detida desde maio de 2019, quando se recusou a prestar depoimento pela segunda vez sobre uma investigação contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Na ocasião, ela foi condenada por desacato ao tribunal.
A ex-militar teria que comparecer na próxima sexta-feira (13) a um tribunal, mas o magistrado decidiu que seu testemunho não é mais necessário. Ela é investigada pelo vazamento de documentos oficiais ao WikiLeaks, de Assange, que está preso desde 11 de abril, quando o governo equatoriano decidiu revogar a concessão de asilo a ele.
Assange é acusado de pirataria informática pelo governo norte-americano e conspiração com Manning, em 2010. Um tribunal de Londres o condenou a 50 semanas de prisão (cerca de um ano) por ter violado uma medida de liberdade condicional.
Em 2013, Manning, inclusive, chegou a ser condenada a 35 anos de detenção depois de ser considerada culpada de cometer o maior vazamento de informações sigilosas da história do país. No entanto, então presidente Barack Obama comutou sua pena e ela foi colocada em liberdade.