Em Petrolina, um grupo de voluntários resolveram replicar a iniciativa do projeto Mãos Solidárias, que vem distribuindo marmitas, cestas básicas e máscaras faciais no Recife para diminuir o impacto da pandemia de covid-19. Atuando há cerca de duas semanas, o projeto conta com a ação de cerca de 30 voluntários, que arrecadam alimentos, preparam as marmitas, distribuem e dão conta da higienização do local e de outras medidas sanitárias. A ação vem sendo organizada pelo Círculo de Leitura Popular da Bíblia no João de Deus, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Frente Brasil Popular Petrolina, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Rede Médicos e Médicas Populares, Coletivo Coletânea e o Núcleo Popular Margarida Alves.
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Em outras cidades, como Recife, Caruaru e Garanhuns, o espaço do projeto tem sido locais como o Armazém do Campo ou a sede de movimentos populares e entidades sindicais. Em Petrolina, a confecção das marmitas acontece no quintal da casa da educadora popular Jucy Carvalho, que já realizava no bairro outras ações sociais. Em meio à pandemia de coronavírus, a abertura da própria casa no bairro João de Deus para sediar a iniciativa tem um objetivo maior.
“Sou moradora do João de Deus há mais de 18 anos. Aqui tem parte da minha história de vida. Minha casa sempre foi lugar de formação humana e social. Minha casa não é só para eu morar, sempre tive comigo que ela deveria cumprir uma função social. Isso me fez liberar o espaço para o Mãos Solidárias, visto que é a forma mais viável para eu colaborar estando vivendo em situação de desemprego e que não poderia colaborar com alimentos ou dinheiro. Então o quintal da minha casa está colocado a serviço da população mais sofrida”, ressalta.
As 200 marmitas produzidas diariamente são distribuídas no horário de almoço no próprio João de Deus, no bairro do Cacheado e nas ocupações urbanas Vila da Fé e Santa Terezinha. A prioridade na distribuição das marmitas é para famílias monoparentais com crianças, gestantes, mães que estão em fase de aleitamento e idosos em situação de desamparo social, que não possuem casa ou condições de preparar os alimentos caso fossem doados in natura. Todos os alimentos vêm de doações de comerciantes locais, famílias do bairro, do MST e do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).
Com o crescimento da demanda, o desafio tem sido o de beneficiar mais famílias. Para isso, as doações e o engajamento de mais voluntários cumprem um papel fundamental.
Quem quiser participar das ações deve preencher um formulário informando em qual área pretende atuar e deixando seu contato. Já as doações podem ser feitas por meio de uma plataforma de financiamento coletivo ou através de transferência bancária para a Associação Anglicana do Nordeste (CNPJ 10.542.814/0001-01), Banco Bradesco: Agência 1058, Conta Corrente 8026-8, enviando o comprovante para (85)99694-5090.
Quem deseja entrar em contato pode acessar a conta do projeto no Instagram (@maossolidariaspetrolina), pelo e-mail [email protected] ou pelo mesmo telefone disponibilizado para o envio dos comprovantes.
Fonte: BdF Pernambuco
Edição: Monyse Ravena