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Pandemia

Representante de sepultadores fala sobre a situação dos trabalhadores em São Paulo

Fala de Bolsonaro sobre coveiros desrespeitou as milhares de vítimas que morreram por covid-19, diz João Batista Gomes

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24.abr.2020 às 10h44
São Paulo (SP)
Caroline Oliveira

Treze trabalhadores do serviço funerário da cidade foram deslocados para o Cemitério de Vila Formosa para treinarem cerca de 220 contratados terceirizadas - Nelson Almeida/AFP

Ao ser questionado sobre o número de mortes por covid-19 por um jornalista, nesta segunda-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro disse: "Ô, cara, quem fala de… Eu não sou coveiro, tá certo?". Pouco depois, João Batista Gomes, do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), que representa a categoria dos agentes sepultadores, em resposta a Bolsonaro, afirmou que o presidente é o “coveiro da nação”.

Ao Brasil de Fato, Gomes voltou a falar sobre o assunto. Ele classificou a atitude do capitão reformado como um desrespeito às milhares de vítimas que vieram a óbito por causa do novo coronavírus. “Ele está gozando com aqueles que morreram, com as milhares de pessoas que morreram e que, nessa quinta-feira, vai passar de 3 mil pessoas”, afirmou o representante.

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Gomes também falou sobre a situação dos sepultadores em São Paulo. Nessa quinta (23), 13 trabalhadores do serviço funerário da cidade foram deslocados para o Cemitério de Vila Formosa para treinarem cerca de 220 contratados de terceirizadas. “Foram convocados para irem lá a ensinarem aos trabalhadores terceirizados como fazer, porque já estava dando problema, porque tem corpos enterrados, então tem que ter o mínimo de experiência para fazer isso”. 

Brasil de Fato: Como o senhor viu a fala do Bolsonaro, de que ele não é coveiro? O que isso diz sobre a atuação dele na crise da pandemia? 

João Batista Gomes: O Bolsonaro, na verdade, é o coveiro da nação, dos direitos do povo. Ele quer enterrar tudo o que foi conquistado pelo povo brasileiro. E, nesse caso, inclusive, ele está gozando com aqueles que morreram, com as milhares de pessoas que morreram e que, nessa quinta-feira, vai passar de 3 mil pessoas. É um desrespeito. O Bolsonaro é esse tipo de gente que desrespeita complementa a situação do país. E a política dele é isso, uma política de morte.

Quais são as condições de trabalho dos sepultadores nesse período? Há equipamentos de proteção individual (EPIs) suficientes, por exemplo?

Antevendo a situação desde o dia 10 ou 15 de março, o Sindsep já vinha colocando o problema, porque o serviço funerário desrespeita demais a entrega de equipamentos de proteção individual. Quando começou a crise, a gente já pensou que ia dar problema e começou a exigir do governo a compra de equipamentos. Eu diria que isso foi fundamental, porque na primeira semana, que ainda não tinha mortes de covid-19, a gente começou a percorrer os cemitérios e ver a falta de materiais. Em especial, de máscara e de luva.

Aí a gente começou a bater nisso, e o governo começou a comprar. Depois, quando começou a questão do enterro de covid-19, o serviço funerário criou um protocolo: quando é feita a contratação de serviço funerário, vem uma marca D-3, que é a suspeita ou confirmação de covid-19.

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A partir disso, o enterro desses precisava ser feito com um macacão que é usado para fazer exumação dos corpos, para enterro. Esse macacão era um problema porque não tinha em quantidade suficiente. E nós voltamos a dizer que se não tivesse em quantidade, nós pararíamos os serviços. E isso também foi fundamental, porque o governo fez essa compra de emergência.

Então, hoje, qual é o nosso problema concreto? O governo contratou 220 sepultadores terceirizados. Esse trabalhadores estão com problema, porque quem tem que fornecer os EPIs são as empresas terceirizadas. Só que o trabalhador já está na linha de frente desde o dia 30 de março. Então, o serviço funerário acaba fornecendo o equipamento. Nós estamos batendo nisso também, que os terceirizados têm de ter todos os equipamentos.

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Hoje tem sepultadores trabalhando sem macacão?

No enterro de covid-19, não tem pessoas trabalhando sem macacão, porque a gente disse isso: se for enterrar sem macacão, a gente não vai aceitar. Esse era o outro problema. Chegou a ter um momento em que a ordem era para reutilizar o macacão e nós gravamos até um vídeo, em Itaquera [bairro da zona leste de São Paulo], quando eu presenciei isso. A gente se reuniu com os trabalhadores e decidiu que enquanto não tiver macacão, não vai ter enterro. O administrador queria que usasse o do dia anterior.

E qual é o impacto dessa pandemia para a saúde dos sepultadores?

A gente tem algumas equipes de voluntários que estão ajudando com assistência psicológica para esse pessoal, porque, de fato, a gente tem relatos de famílias que foram enterrar três pessoas no mesmo cemitério, tudo por covid-19. Então, isso atinge diretamente os trabalhadores. A gente está fazendo isso com voluntários, os próprios colegas e servidores públicos que estão se dispondo a ajudar.

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Como o senhor avalia a situação dos cemitérios e dos serviços funerários? Podemos ter uma situação em São Paulo como tem se visto Manaus?

O governo, em São paulo, não publica diariamente qual é o número de sepultamentos e desses sepultamentos quantos são de covid-19. A gente pega as informações de maneira muito informal. Com um movimento maior que a gente está pegando é no Vila Formosa, que é o maior cemitério da América Latina. No último sábado, chegou 13 retroescavadeiras lá. A gente tem quatro no serviço funerário e em um único dia chegam 13 e começam a abrir covas, e até hoje estão abrindo. 

Isso é assustador. Se está ou não à beira do colapso, a gente está cobrando das autoridades para dizer isso. Agora, o cemitério da Vila Formosa é muito grande, de fato, tem uma capacidade enorme. Mas ficar tudo indo para lá, vai levar a uma exaustão dos trabalhadores.

Hoje [quinta-feira] mesmo, 13 trabalhadores do serviço funerário foram convocados para irem lá a ensinarem aos trabalhadores terceirizados como fazer, porque já estava dando problema, porque tem corpos enterrados, então tem que ter o mínimo de experiência para fazer isso, e já estava dando problema.

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Tem uma quadra que estava fechada desde a década de 1990. Tem corpos lá enterrados, estava interditada. Foi liberado para abrir covas. Só que ali embaixo tem outros corpos. Só que também você não pode chegar lá com a máquina, meter a máquina, se não vai dilacerar os corpos. E já estava dando problema.

E a subnotificação de mortes diante da situação dos cemitérios?

Vamos pegar o exemplo de Vila Formosa. Foram 72 sepultamentos no feriado, terça-feira. Desses, 25 foram covid-19 e suspeita. Mas como não tem o teste, então, de fato, todo mundo está dizendo isso, que tem subnotificação mesmo. Demonstra que, de fato, estão escondendo o jogo, a qualquer momento pode estourar alguma coisa.

Editado por: Vivian Fernandes
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