Sem trégua

No Rio, número de atingidos por bala perdida aumenta 34% durante quarentena

Ao todo, foram 196 pessoas alvejadas em abril na região metropolitana do Rio; tiroteios aumentam 12% em relação a março

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

Ouça o áudio:

A cidade do Rio de Janeiro lidera o ranking de disparos por armas de fogo - Arquivo/ Agência Brasil

Um levantamento realizado pela plataforma Fogo Cruzado apontou que, mesmo no período de quarentena de combate à propagação do novo coronavírus, houve um aumento de 34% no número de baleados no estado do Rio de Janeiro durante o último mês em comparação a março. Ao todo, foram 196 pessoas alvejadas em abril.

Entre as vítimas fatais está Roberta Leite Neves, de 41 anos, atingida por bala perdida durante uma ação policial no Parque das Missões, em Duque de Caxias, na baixada fluminense; e Adrelany Pacheco de Lima, de três anos, atingida por bala perdida, em São Gonçalo, na região metropolitana, quando voltava para casa com sua mãe.

:: Artigo | Voltar à “normalidade” é auto-condenar-se, por Leonardo Boff ::

O relatório destaca que houve um crescimento de 12% nos tiroteios no último mês em relação a março. Segundo a plataforma, 32% dos tiroteios mapeados contaram com a presença de agentes de segurança, um aumento de sete pontos percentuais com relação ao mesmo período analisado em 2019.

Ranking

A cidade do Rio de Janeiro lidera o ranking de disparos por armas de fogo. A capital concentrou 59%, ou seja, 295 casos dos tiroteios da região metropolitana, seguida por São Gonçalo, com 63; Niterói, com 28; Belford Roxo, 25 e Duque de Caxias com 24 casos de tiroteios. 

A quantidade de agentes baleados em abril foi 39% menor que a do ano passado. Ao todo, foram 11 agentes de segurança baleados na região metropolitana do Rio, cinco deles morreram. Do total de baleados, quatro morreram e dois ficaram feridos quando estavam fora de serviço.  De janeiro até abril, houve 1.778 tiroteios na região metropolitana do Rio. No total, 775 pessoas foram baleadas: sendo 374 mortas e 401 feridas.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Vivian Fernandes e Jaqueline Deister