O povo Tremembé da Barra do Mundaú, localizados em Itapipoca (CE), implantou desde sexta-feira (1) uma barreira sanitária, com monitoramento 24 horas na entrada da terra indígena, com o objetivo é proteger o território da pandemia de covid-19.
Os Tremembé estão seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação ao isolamento e ao combate à disseminação do novo coronavírus. No entanto, os indígenas têm encontrado dificuldades para manter a barreira sanitária.
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“A coisa aqui está séria. Nós estamos orientando o uso de máscara e várias pessoas não querem respeitar essa orientação. Alguns andam com a máscara no bolso só para fazer o conflito, outros passam (da barreira) com a máscara e, quando passa da porteira, joga a máscara no chão”, conta o agende de saúde indígena Samuel Tremembé. Os indígenas relatam também que aglomerações de pessoas bebendo estão acontecendo dentro do território indígena e temem que possa haver um conflito ainda maior com a presença de pessoas alcoolizadas.
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Em Itapipoca, município no qual se encontra o território indígena em questão, já são 90 casos confirmados de covid-19, quatro óbitos e ainda 454 casos suspeitos, segundo boletim epidemiológico da Prefeitura de Itapipoca divulgado nesse domingo (3). Caso a pandemia de covid-19 chegue às terras indígenas, poderá ter um efeito devastador para essas populações. Os Tremembé pedem apoio e solidariedade para a manutenção da barreira sanitária no território indígena com o intuito de proteger o território e as pessoas que nele vivem, protegidos.
Fonte: BdF Ceará
Edição: Monyse Ravena e Vivian Fernandes