O Brasil chegou a marca de mais de 10 mil mortes, em decorrência da covid-19, neste sábado (9). De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde de hoje, o país registrou 730 novos óbitos na últimas 24 horas, totalizando 10.627 registros oficiais. O número ainda pode estar subnotificado, já que a própria pasta diz que aos finais de semana as equipes dos estados e municípios trabalham com pessoal reduzido, o que impacta na quantidade de testes aplicados. Já os casos de infectados pela doença aumentaram 10.611, totalizando 155.939.
O Ministério da Saúde informou que os óbitos divulgados neste sábado não ocorreram necessariamente nas últimas 24 horas, pois há um intervalo de tempo entre as mortes e a confirmação positiva dos testes realizados. Outros 1.880 óbitos seguem em investigação. Do total de pessoas infectadas, 61.685 estão recuperadas e outras 83.627 seguem em tratamento.
O Estado de São Paulo concentra o maior número de registros, com 44.411 casos e 3.608 mortes. Na sequência, o Rio de Janeiro tem 16.929 confirmações e 1.653 óbitos.
O país é o sexto em número de mortes pelo coronavírus em todo o mundo, de acordo com a plataforma da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. O avanço da covid-19 no Brasil e os últimos números fez o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal decretarem três dias de luto em homenagem as vítimas. A Bandeira Nacional dessas instituições foi hasteada a meio-mastro e não haverá "celebrações, comemorações ou festividades no âmbito do Congresso Nacional, enquanto durar o luto", conforme o ato assinado por Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, e por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara.
Passeio no lago
Enquanto algumas autoridades lamentam as perdas, o presidente Jair Bolsonaro dedicou o dia ao lazer e distração, em um passeio de jet ski no Lago Paranoá, em Brasília. O site Metrópolis publicou fotos e vídeos do passeio que mostram mais de seis pessoas em volta do presidente sem máscaras. A assessoria da Presidência disse que por se tratar de uma agenda privada, nenhuma informação sobre o evento será divulgada à imprensa.
Mais cedo, ele disse ser falso o convite para um "churrasco com mais de 1.000 pessoas" no Palácio da Alvorada, apesar dos registros do anúncio. Em rede social, Bolsonaro chamou jornalistas de "idiotas" por criticarem a postura dele. Tanto o possível churrasco, quanto o passeio no lago contrariam as normas de segurança e as recomendações do próprio Ministério da Saúde para o combate a pandemia.
Edição: Camila Salmazio