Presa e condenada sem provas, a dançarina e coreógrafa Bárbara Quirino, a Babiy, foi absolvida definitivamente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) nesta quarta-feira (13).
Ela foi acusada de participar de dois roubos que lhe renderam uma condenação em primeira instância a cinco anos e quatro meses de reclusão.
:: Relembre o caso Babiy Querino ::
Babiy foi detida em 15 de janeiro de 2018 e cumpriu um ano e oito meses de pena no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dra. Marina Marigo Cardoso de Oliveira, no Butantã, zona oeste de São Paulo. Ela foi solta por uma medida cautelar em 10 de setembro de 2019.
Nesta quarta, porém, o desembargador Guilherme Souza Nucci considerou que não havia provas suficientes para condenar a dançarina e a absolveu. Sendo assim, ela está definitivamente inocentada das acusações.
"Estou tentando acreditar, porque fui pega de surpresa. Eu não esperava, real. Estava até desistindo do processo, dessa demora, mas eu estou extremamente feliz", comentou Babiy.
A dançarina ressaltou que a absolvição não apaga o que ela sofreu na cadeia. "Veio para ressignificar muita coisa na minha vida. É algo que eu já estava esperando há um tempo e que, finalmente, hoje, eu posso falar que eu estou 100% livre. Eu não devo nada para a Justiça. Pelo contrário, eles que me devem. Mesmo com essa absolvição, nada vai pagar o que eu passei".
O caso
De acordo com a investigação policial, Babiy seria integrante de uma quadrilha chamada “Piratas do Asfalto” e teria cometido dois assaltos. A defesa da dançarina apresentou vídeos e fotos publicados em redes sociais que demonstram que ela estava no Guarujá (SP), a 100 km de Santo Amaro, na noite de um dos crimes. A dançarina foi relacionada ao segundo crime porque uma das vítimas a "reconheceu", por uma foto, por ter o “cabelo parecido” com a da assaltante.
Wesley Querino, de 21 anos, irmão de Babiy, é um dos assaltantes que integra a quadrilha. Réu confesso, o jovem negou o envolvimento da irmã nos crimes quando depôs no julgamento. Porém, assim como as imagens, o testemunho do familiar foi anulado pela Justiça.
Edição: Rodrigo Chagas