Antirracismo

Jornal Brasil Atual Edição da Tarde | 3 de junho de 2020

As revoltas ainda não acabaram, temos muitos dias pela frente

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Ouça o programa ao vivo das 17h às 18h30 na Grande São Paulo (98.9 MHz) e noroeste paulista (102.7 MHz) e através do site do Brasil de Fato - Juliana Almeida | RBA
As revoltas ainda não acabaram, temos muitos dias pela frente

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou o uso do saldo remanescente do Fundo de Reservas Monetárias (FRM), de R$ 8,6 bilhões de reais, para combater a pandemia da covid-19. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que foi "surpreendido" pela decisão de Bolsonaro.

O FRM havia sido extinto pela Medida Provisória (MP) 909/2019, aprovada pelo Congresso no último dia 13 de maio. O relator do texto da MP na Câmara, deputado Luís Miranda (DEM-DF), criticou o veto de Bolsonaro. “Por que esse presidente é tão do contra? Por que o presidente veta recursos da saúde que iriam aos municípios e estados? Por que ele prefere pagar bancos antecipados, a destinar recursos aos mais necessitados? Que inferno ser parlamentar com um presidente tão egoísta... Ele te obriga a ser do contra, a ser oposição, onde para ajudar o país, você tem que ser contra o presidente, isso é um absurdo!”, disse segundo o Congresso em Foco

Ainda em relação a recursos públicos para o combate à covid-19, defensores do projeto de lei (PL) 2184/20, que propõe que o lucro contábil do Banco Central (BC) seja destinado a ações contra a pandemia, criticaram a possibilidade, admitida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), de utilizar o recurso do BC para manter a liquidez em “níveis confortáveis". Só neste ano, o lucro contábil do BC ultrapassa R$ 500 bilhões.

O jornal também aborda a fala do presidente da Fundação Palmares, que durante reunião no final do mês passado chamou o movimento negro de “escória maldita”. O repórter Cosmo Silva conversou com militantes do movimento negro para falar sobre os insultos do integrante do governo Bolsonaro.

O programa traz entrevista com o ativista estadunidense Nino Brown para falar sobre as manifestações pelo assassinato de George Floyd, que já chegam a seu 9° dia, e foram registradas em todos os 50 estados desse país. Segundo Brown, o país não vive revoltas como essas desde o assassinato de Martin Luther King.

“Entrará para a história. As revoltas ainda não acabaram. Temos muitos dias pela frente. A polícia continua matando pessoas. Agora, enquanto estamos falando nesse exato momento, eles continuam brutalizando pessoas. E as condições só irão piorar”, disse o ativista estadunidense. 

 

Edição: Mauro Ramos