“A dica é preconizar uma alimentação mais limpa, retirando os alimentos industrializados"
A palavra “antioxidante” está no repertório de quem busca uma vida saudável. É possível que já tenhamos escutado que alimentos antioxidantes podem reduzir os efeitos negativos da poluição ambiental, alimentação industrializada, exposição exagerada aos raios solares, consumo exagerado de álcool, tabagismo ou até mesmo no estresse de uma vida corrida.
Em uma linguagem mais científica, diríamos que os antioxidantes protegem células sadias do nosso corpo. Algumas frutas, verduras e legumes ricas em componentes como beta-caroteno e licopeno são fontes de componentes antioxidantes.
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Mas, sabendo que esses alimentos podem atenuar tantos efeitos prejudiciais, será que estamos consumindo na quantidade e frequência necessária para o nosso corpo?
Roberta Pieri é nutricionista, com formação em nutrição funcional e fitoterapia. Ela afirma que é importante termos a dimensão do quanto e de quando estamos consumindo esses alimentos.
“A capacidade antioxidantes total da dieta são estudos que avaliam a quantidade de antioxidantes que a pessoa consome o dia inteiro, em cada alimento. Então, digamos ‘ah, de manhã eu consumi uma tapioca com um recheio de homus - que é a pasta de grão de bico - e chá verde’. Eu calculo o quanto de antioxidante tem nesses alimentos e vou montando isso até o fim do dia”, explica.
É dessa forma que os alimentos antioxidantes evitam doenças como diabetes e hipertensão, tão recorrentes no padrão de alimentar ocidental.
Roberta lembra ainda que uma alimentação com industrializados é pró-oxidação, ou seja, favorecem a destruição de células sadias do nosso corpo. Quase todos os alimentos com ações antioxidantes são de origem vegetal.
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Por isso, um padrão vegetariano pode mais facilmente atingir as quantidades necessárias dos componentes antioxidantes. Mas, por outro lado, Roberta dá dicas para quem não segue um vegetariano.
“Preconizar, se eu tiver acesso, a uma alimentação mais limpa, retirando os alimentos industrializados ou reduzindo o seu consumo, dando preferência sempre aos alimentos in natura ou minimamente processados”, salienta.
Roberta destaca ainda que é preferível escolher os alimentos regionais e da safra, por sofrerem menos interferências nos processos de produção, distribuição e comercialização.
Aliás, dentro dessa questão, ela reforça que a escolha por alimentos sem agrotóxicos favorece também um consumo mais ricos em antioxidantes.
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“Toda planta que é cultivada sem agrotóxicos, então, cultivo orgânico, ela precisa se defender sem os aditivos agrícolas. Porque quando a planta recebe os agrotóxicos ela para de produzir essa defesa porque ela teria o defensor agrícola para fazer esse papel. Então, as plantas que são cultivadas com agrotóxicos têm menos antioxidantes”, detalha.
Alguns exemplos de alimentos com ação antioxidantes são cenoura, tomate, laranja, pêssego, abóbora, brócolis, ervilha, espinafre, cúrcuma, açafrão, uva, morango, maçã, salsa, couve, linhaça, soja, chás e mel.
Edição: Douglas Matos