O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou quebrar os sigilos fiscais e bancários de 10 deputados e um senador, todos apoiadores de Jair Bolsonaro. A medida foi tomada no último dia 27, no âmbito do inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos, mas só foi divulgada nesta terça-feira (16).
Trata-se dos deputados federais Daniel Silveira (PSL-RJ), Junio do Amaral (PSL-MG), Otoni de Paula (PSC-RJ), Caroline de Toni (PSL-SC), Carla Zambelli (PSL-SP), Alessandra da Silva Ribeiro (PSL-MG), Beatriz Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), José Guilherme Negrão Peixoto (PSL-SP) e Aline Sleutjes (PSL-PR). No Senado, de Arolde de Oliveira. (PSC-RJ).
A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República. A PGR que considera que os investigados teriam agido em conjunto com parlamentares para “financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional”.
Ontem (15), a Polícia Federal realizou diligências para o cumprimento de seis mandatos de prisão contra integrantes do grupo bolsonarista “300 do Brasil”. Também ontem, a extremista Sara Winter, uma das líderes, foi presa.
Alexandre de Moraes também é responsável por um outro inquérito, sobre ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes do STF e seus familiares. Para o ministro, é “imprescindível verificar a existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a democracia” e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano.