Mais de um milhão de pessoas já foram infectadas pelo coronavírus no Brasil, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conas). O número total chega a 1.032.913. As informações foram confirmadas nesta sexta-feira (19), após o registro de 54.771 novos casos em 24 horas, um recorde para o período.
O avanço no número de mortes também segue em velocidade preocupante. Já são 48.954 óbitos. Pelo quarto dia consecutivo, o Brasil registrou mais de 1.200 casos fatais em 24 horas. Os dados podem ser ainda mais representativos e a subnotificação segue sendo uma realidade.
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Em uma análise dos registros de mortes por causas respiratórias nos cartórios brasileiros, é possível notar um crescimento expressivo nos óbitos por Síndrome Respiratório Aguda, por exemplo. No ano passado, entre março e junho, foram 431 registros. No mesmo período deste ano, já são quase 9 mil
São Paulo, estado com mais casos absolutos no país, tem hoje 211.658 infectados e contabiliza 12.232 mortes. Na sequência está o Rio de Janeiro, com 93.378 confirmações da doença e 8.595 óbitos. No Ceará, terceiro da lista, os pacientes que pegaram a doença somam 89.863 e os casos fatais chegam a 5.460.
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Alerta Mundial
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia evolui para patamares perigosos. Na quinta-feira (18), mais de 150 mil novos casos foram reportados globalmente. O diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou que a situação do continente americano é muito crítica
“O mundo está em uma nova e perigosa fase. Muita gente está cansada de ficar em casa. Os países estão ansiosos para abrir suas sociedades e suas economias. Mas o vírus continua a se disseminar rapidamente, ainda é mortal e a maior parte das pessoas ainda é vulnerável”, aponta.
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Atualmente, mais de 8,5 milhões de pessoas foram infectadas em todo o mundo e as mortes estão próximas a 500 mil. Nesse cenário, a OMS fez um apelo pelo isolamento social. O retorno às atividades normais pode representar um segundo pico da doença. Nas palavras do diretor-executivo para emergências da OMS, Michael Ryan, “você pode ter um segundo pico no meio da sua primeira onda. O segundo pico depende da habilidade e da eficiência em controlar a doença”.
O vírus continua a se disseminar rapidamente, ainda é mortal e a maior parte das pessoas ainda é vulnerável.
O que é o novo coronavírus?
É uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Edição: Rodrigo Chagas