O Brasil segue superando outras nações em registros diários da covid-19 e entre terça (23) e quarta-feira (24) confirmou 42.725 novos infectados pela doença. O resultado só fica abaixo dos mais de 54 mil pacientes que foram registrados no país nas 24 horas entre quinta (18) e sexta-feira (19) da semana passada.
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Segundo dados do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, o total de infectados desde o início da pandemia é de 1.188.631. Ainda de acordo com os dados do Conass, o número de mortos pela covid no país é de 53.830. Foram 1.185 óbitos confirmados de terça (23) para quarta-feira (24). A taxa de letalidade atual é de 4,5%.
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Nenhum estado brasileiro registrou diminuição de casos e mortes, o crescimento é observado em todas as unidades da federação. Entre os que mais têm casos e mortes, São Paulo aparece em primeiro lugar (238.822 casos e 13.352 mortes). Na sequência está o Rio de Janeiro (103.493 casos e 9.295 mortes), que tem também a maior taxa de letalidade do país: 9%. O Ceará é o terceiro da lista (99.578 casos e 5.815 mortes).
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Taxa de contágio volta a crescer
A taxa de contágio no Brasil havia vinha registrando desaceleração por três semanas seguidas, mas voltou a crescer. Isso quer dizer que o número de pessoas para as quais cada infectado passa a doença está maior, o que pode ser resultado direto do relaxamento nas medidas de isolamento social.
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Segundo o Imperial College de Londres, o índice no Brasil é de 1,06. Esse cenário coloca o país na lista de nações em que a pandemia segue fora de controle. Atualmente, cada 100 contaminados transmitem para outras 106 pessoas. Relação que aumenta a cada grupo de infectados.
A instituição avalia ainda que o número de casos em solo brasileiro pode ser três vezes maior que o registrado oficialmente. Há estimativa de que esse montante seja superior a 3 milhões de pessoas.
Morte avança na América Latina
Nesta terça-feira (23), a América Latina ultrapassou a marca de 100 mil mortes pela covid-19. Mais da metade dos óbitos ocorreram no Brasil. A região tem 2,16 milhões de infectados e o Brasil concentra a maior parte dos casos.
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O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a região ainda não chegou ao pico da pandemia. "Eu caracterizaria a situação na América Latina como ainda em evolução (...) Deve resultar, provavelmente, em número sustentado de casos e morte contínua nas próximas semanas.”
O vírus explora a má governança.
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Ryan ressaltou ainda que a evolução da pandemia está diretamente relacionada à intervenção do governo, cooperação da comunidade e capacidade de atuação dos sistemas de saúde.
"O vírus explora uma vigilância fraca. O vírus explora os sistemas de saúde fracos. O vírus explora a má governança. O vírus explora falta de educação, falta de empoderamento das comunidades.”
Edição: Rodrigo Chagas