Flexibilização

Estado de São Paulo tem regiões com aumento semanal de até 488% nos casos de covid-19

Em todo o estado, aumento de casos de covid-19 na variação semanal foi de 85,9%

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A capital teve redução de 8,5% no número de novas mortes - Evaristo Sá | Crédito: AFP

Um dia depois de o governador paulista, João Doria (PSDB), anunciar um plano de volta às aulas com indicativo para o dia 8 de setembro, dados da Secretaria de Estado da Saúde indicam aumento de até 488% em novos casos de covid-19, dependendo da região de São Paulo.

Amanhã (26), Doria vai divulgar o quarto balanço da abertura do comércio e dos serviços. A expectativa é de a capital paulista passar para a fase 3-amarela do Plano São Paulo, que coordena a flexibilização da quarentena. O município registrou mais 21,5% nos novos casos na semana e tem 69,5% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados.

Em todo o estado, houve aumento de 85,9% no número de casos de covid-19 e 12,5% nas mortes, na variação semanal, segundo o Boletim Coronavírus. Nesta quinta-feira (25), São Paulo registrou 248.587 casos confirmados de covid-19, 13.759 mortes. A ocupação de UTI é de 65,4%. A capital teve redução de 8,5% no número de novas mortes.

Plano São Paulo

Quando se observam as regiões, houve severo agravamento da pandemia no interior do estado. O mesmo na Baixada Santista e Grande São Paulo. O maior aumento percentual na variação semanal do número de casos de covid-19 foi registrado na região de São João da Boa Vista, que engloba 16 municípios: 488,7%. São 1.331 casos confirmados e 59 mortes – aumento de 45,5%.

A região se encontra na fase 2-laranja do Plano São Paulo, podendo abrir shoppings, comércio de rua, concessionárias e escritórios.

Na região de Campinas a situação também se agravou, com 17.174 casos confirmados (aumento de 172,7%). O número de mortes subiu 15,7%, para 751. A ocupação de UTI é de 75,3%. Sorocaba, que chegou a quase 100% dos leitos de UTI ocupados nos últimos dias, teve variação de 301,6% em casos e de 59% em mortes.

Na região da Baixada Santista, que envolve nove municípios, a situação também é grave. Com 19.564 casos confirmados, a região teve aumento de 101,8% nos casos na variação semanal. O número de mortes subiu 74,1%, na variação semanal, chegando a 837. A ocupação de UTI está em 57,9%.

Região Metropolitana

Para análise da evolução no Plano São Paulo, o governo Doria subdividiu a Região Metropolitana de São Paulo em cinco regiões. Todas tiveram aumentos maiores do que 60% no número de novos casos.

A pior situação é na região Sudeste, que compreende o ABC paulista – Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra –, onde o aumento no número de novos casos foi de 145,2% na variação semanal. Apesar disso, houve queda de 6,1% nas novas mortes, no mesmo período.

A região Leste (Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano), teve aumento de 87,5% no número de novos casos e de 28,3% nas novas mortes, na variação semanal.

Já na região Oeste, que engloba as cidades de Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba, o aumento foi de 92,7% no número de novos casos e de 8,6% nas novas mortes, na variação semanal.

No Norte (Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã), houve aumento de 106,6% no número de novos casos e de 23,5% nas novas mortes. E na região Sudoeste (Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista), o aumento de novos casos foi de 62,3%.