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SAÚDE

Campanha orienta profissionais de saúde a combater LGBTfobia no SUS

Durante todo o mês, a campanha orientou profissionais a fazer uma abordagem que contemple as necessidades da comunidade

29.jun.2020 às 13h05
Recife (PE)
Lucila Bezerra

Recife, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo são as únicas cidades que ofertam procedimentos cirúrgicos para pessoas trans no Brasil - Chico Peixoto

No mês do orgulho LGBTQI+, o médico de Saúde da Família e Comunidade, Wandson Padilha, vem usando sua conta no Instagram  para fazer uma campanha discutindo com outros profissionais de saúde os cuidados voltados para a saúde da população LGBT. Com isso, a movimentação tem gerado um debate sobre a heteronormatividade no tratamento dos pacientes que vai desde a recepção até o atendimento dos profissionais de saúde, sejam eles médicos ou enfermeiros.

"Já tem mais ou menos quatro anos que atendo a população trans e travesti aqui em Petrolina e na região, e o que a gente percebe é que essa população tem uma dificuldade gigante de acessar o serviço de saúde", afirmou Wandson, que fez seu trabalho de conclusãodo  Programa de Residência Médica sobre o acesso das pessoas trans no serviço de saúde e atualmente em sua dissertação para o mestrado vem pesquisando sobre o conhecimento dos profissionais médicos acerca do cuidado em saúde da população trans.

Com isso, o médico faz uma análise crítica da atuação dos profissionais de saúde de acordo com a sua vivência nos atendimentos à comunidade LGBT e o que tem pesquisado. "O que eu tenho percebido é tanto uma falta de formação dos profissionais de saúde em relação ao cuidado da população LGBT como um todo, a graduação não aborda isso, os programas de pós-graduação não abordam isso e aí os profissionais de saúde saem da sua graduação sem conseguir abordar os cuidados de saúde dessa população e, além dessa falta de conhecimento, ainda tem um preconceito e uma violência institucional importante”, concluiu.


Durante o mês de junho, a campanha nas redes levou a reflexão sobre como fazer uma abordagem acolhedora e sem heteronormatividade / Wandson Padilha

Devido ao constrangimento, muitas pessoas LGBT deixam de procurar os serviços de saúde para coisas simples e até para coisas mais graves e acabam tendo sua saúde negligenciada, e, quase sempre, acabam se automedicando. “É comum pessoas trans fazerem uso de hormônio por conta própria e aí, por conta disso, evoluir com complicações cardiovasculares, infarto, AVC, trombose, tromboembolismo pulmonar”, analisou Wandson, que completa “hoje a expectativa de vida das pessoas trans é de 35 anos e isso se deve também à falta de assistência, à falta de acesso ao serviço de saúde”.

Para Heike, afirmou Heike Augusto, profissional do audiovisual e empreendedor, que se identifica como homem trans, o constrangimento não se limita ao atendimento médico, mas pode acontecer desde a recepção até o contato com as enfermeiras na realização de exames de rotina "uma das médicas foi um pouco preconceituosa, eu pedi que ela me chamasse pelo meu nome social e ela me chamou pelo nome civil, e outros rapazes já me falaram que também sofreram preconceito das enfermeiras na hora de tirar sangue", disse. 

Para muitas pessoas LGBT essas experiências de constrangimento podem levar a não tirar dúvidas com os profissionais de saúde que o atendem e, com isso, gerar problemas, uma vez que a informação é uma das formas que mais contribuem na prevenção. “É preciso ter essa abordagem não heteronormativa para a gente não achar que todas as pessoas que a gente atende são heterossexuais”, conclui o médico.

SUS 

O Sistema Único de Saúde (SUS)  implementou em 2010 uma política pública voltada para o atendimento da população LGBT, mas isso só ocorreu em alguns municípios. Apesar de em todos os lugares existir alguma dificuldade no acesso, mesmo onde existe esse serviço especializado, o acesso é muito mais difícil por gerar constrangimento à pessoas LGBT em locais ele não existe, o que ocorre principalmente nos locais mais distantes dos grandes centros urbanos. "Aqui em Juazeiro [cidade vizinha] é bem dificultoso o acesso, uma vez que não tem atendimento para a população trans daqui, e quando a gente consegue alguma consulta sempre tem constrangimento. Por isso eu faço atendimento em Petrolina, que tem um especialista", afirmou Heike.

"Essas políticas que já existem no SUS precisam ser implementadas em todos os lugares. O acesso a procedimentos cirúrgicos para pessoas trans ainda é muito difícil no SUS, só existem cinco no país, então a gente tem Recife, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. E aí a fila é gigante, chega a ter fila de 10 anos para uma pessoa trans fazer uma cirurgia de redesignação sexual", disse o médico, que acredita que essa dificuldade não é exclusiva do SUS "Os próprios serviços privados não têm profissionais capacitados para atender essa população, aqui em Petrolina mesmo a maioria das pessoas que procuram nos serviços privados algum tipo de atendimento, mas a maioria dos profissionais não estão capacitados, porque a gente não tem essa formação desde a nossa graduação, então é uma dificuldade geral dos profissionais de saúde em abordar as pessoas LGBT de acordo com as suas especificidades", ressaltou.

Editado por: Vanessa Gonzaga
Tags: brasil de fatolgbtpernambucopetrolinarecifesaúde
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