A Argentina registrou um aumento repentino do número de casos de covid-19 na última quarta-feira (08), com 3.500 casos confirmados no período de 24 horas. 92% dos novos infectados vivem na Região Metropolitana de Buenos Aires.
De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na manhã desta quinta-feira (09), o país tem 87.030 casos de covid-19 confirmados, com 1.707 mortes.
A província de Buenos Aires concentra a maior quantidade de casos e alcançou um novo recorde de contágio, com 2.222 casos confirmados em 24 horas, 500 a mais que no dia anterior.
A capital, que concentra 39% dos casos no país, permanece em isolamento obrigatório até o dia 17 de julho. Até essa data, cabe às autoridades locais decidir se a cidade permanece em quarentena ou se passa à “fase 2”, primeira etapa de flexibilização que já ocorre em outros locais do país.
Até o momento, o fim da quarentena em Buenos Aires e região metropolitana não está confirmado. “Não podemos tomar essa decisão faltando 10 dias para terminar esta etapa (...) precisamos de mais dias para decidir e ver as tendências”, declarou o Ministro de Saúde portenho, Fernán Quirós.
:: Como a Argentina está enfrentando o coronavírus? ::
A quarentena obrigatória foi retomada na região no dia 1º de julho devido ao aumento do número de casos de covid-19 e ocupação de leitos de UTI por pacientes em estado grave.
O presidente Alberto Fernández declarou, na última terça-feira (07), que a Argentina atravessa “o momento mais intenso da pandemia”, o que significa que o país atingiu o pico da curva de contágios.
Apesar do aumento de casos entre 7 e 8 de julho, a Argentina mantém uma taxa de letalidade de covid-19 de 2%, enquanto no Brasil a taxa de letalidade é de 4%. Ainda em comparação, o país vizinho possui uma 36,9 mortes por milhão de habitantes. No Brasil, são 323 mortos a cada 1 milhão de habitantes.
Edição: Luiza Mançano