O índice de desemprego sofreu uma nova escalada no país: na comparação com a primeira semana de maio, a taxa subiu 26% em sete semanas, o que representa um contingente de 675 mil trabalhadores a mais sem emprego e em busca de ocupação. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registra esse tipo de dado por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, que teve início no começo de maio. A nova atualização foi divulgada nesta sexta-feira (17).
Na quarta semana de junho, por exemplo, a taxa de desocupação aumentou 13,1% em relação à semana anterior. Segundo o IBGE, são 12,4 milhões de desempregados, o maior índice desde o início de maio. O número é resultado da baixa de 84 milhões para 82,5 milhões de pessoas ocupadas no intervalo em questão.
O estudo aponta ainda que segue em declínio o número de trabalhadores ocupados que estavam temporariamente afastados do trabalho presencial por conta das políticas de isolamento na quarta semana de junho. Esse número caiu de 11,1 milhões para 10,3 milhões no comparativo com a semana anterior. No começo da medição, em maio, o mesmo contingente era de 16,6 milhões. De acordo com o IBGE, o dado resulta não só do retorno de muitos funcionários ao trabalho, mas também de possíveis desligamentos.
Entre a população ocupada, 8,6 milhões atuam de forma remota, um índice de 12,4% de trabalhadores não afastados do trabalho presencial por conta do avanço do coronavírus no país. Segundo a Pnad Covid-19, o índice segue estável desde a primeira semana de maio, quando foram identificados 8,5 milhões de pessoas nessa situação.
Enquanto isso, a taxa de trabalhadores na informalidade subiu, sendo de 34,5% na quarta semana de junho e somando 28,5 milhões de pessoas. O grupo representava 29,9 milhões no início de maio.
Edição: Rodrigo Durão Coelho