A Justiça da Nigéria suspendeu, na última quarta-feira (15), uma paralisação planejada pelos trabalhadores da Comissão de Direitos Humanos do país. A decisão, que tem caráter temporário, foi tomada por uma corte industrial na capital nigeriana de Abuja.
Até uma decisão permanente, a ordem judicial proíbe funcionários de fazerem qualquer tipo de reunião, ato de mobilização ou protesto relacionado ao aumento de salários e pagamentos atrasados, reivindicações centrais dos trabalhadores.
A determinação veio após a Comissão de Direitos Humanos do país entrar na Justiça para negar os direitos trabalhistas de seus próprios empregados. A greve estava prevista para começar na quinta-feira (16) e continuar por tempo indeterminado, até que suas demandas fossem atendidas.
Embora a comissão tenha reconhecido as revindicações de seus trabalhadores como válidas, seus dirigentes, mesmo assim, entraram com a ação judicial, que agora resultou no fechamento de todos os escritórios da entidade.
O fato de uma Comissão de Direitos Humanos buscar o impedimento à greve contra seus próprios funcionários não passou desapercebida para o ex-diretor da organização Chidi Odinkalu, que escreveu no Twitter:
“A ironia do que aconteceu em Abuja hoje é gritante, a Comissão de Direitos Humanos implementou uma ordem da Corte Industrial impedindo seus sindicalistas de gozarem de seus direitos trabalhistas.”
*Com informações do Peoples Dispatch.
Edição: Ítalo Piva