Neste sábado, 25 de julho, comemora-se o Dia do Trabalhador Rural, do Agricultor e da Agricultura Familiar. E, para marcar a data, movimentos ligados a esse setor da população realizam uma gama de atividades neste sábado (25) e reforçam suas demandas sociais e econômicas.
Entre as ações, cinco mil famílias camponesas de assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná preparam a doação de aproximadamente 200 toneladas de alimentos.
De acordo com o Movimento, arroz, feijão, abóbora, mandioca, fubá crioulo, legumes, hortaliças e frutas vão compor a sacola de alimentos que chegará até as famílias. A distribuição dos alimentos será voltada a moradores de bairros mais vulneráveis das cidades de Laranjeiras do Sul, Rio Bonito de Iguaçu, Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Porto Barreiro, Goioxim, Cantagalo, e em sete comunidades da Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras.
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Em Belém (PA), também serão entregues aproximadamente 3 toneladas de alimentos saudáveis, ou 300 cestas básicas, vindos de assentamentos do MST, para comunidades periféricas. A ação ocorre de uma parceria com a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e Rede Amazônica de Solidariedade com o objetivo de ajudar famílias que fazem parte do projeto Cria Preta.
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O MST também realizará doações de alimentos no Rio Grande do Sul e na Bahia. Em São Paulo, no Armazém do Campo, serão doadas mudas de plantas.
Demandas dos agricultores
Neste sábado, os trabalhadores rurais também aproveitam para reforçar suas demandas. Entre elas, está a aprovação do Projeto de Lei 735, que prevê socorro aos agricultores familiares enquanto perdurar a crise da covid-19.
A proposta prevê pagamento de R$ 3 mil, em cinco parcelas de R$ 600, para agricultores que não tenham recebido o auxílio emergencial aprovado pelo Congresso em abril. Para mulheres agriculturas chefes de família, o valor é de R$ 6 mil, em cinco parcelas de R$ 1,2 mil.
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Além do auxílio, o PL garante a criação de um plano de ajuda financeira a agricultores familiares que implantarem projetos elaborados por Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Assim, permite-se a construção de cisternas ou outras tecnologias de acesso à água para consumo humano e a produção de alimentos por famílias atingidas pela seca.
O PL foi aprovado na Câmara dos Deputados na segunda-feira (20) e agora segue para o Senado Federal.
Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular
No começo de junho, o MST reuniu as demandas dos trabalhadores rurais e lançou o Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular. O documento, que leva em conta as consequências causadas pela pandemia do novo coronavírus, têm como objetivo promover, rapidamente, a criação de empregos, a produção de alimentos para o povo e a garantia de renda e condições para que famílias vivam de maneira digna.
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O plano é dividido em quatro eixos: Terra e Trabalho; Produção de alimentos saudáveis; Proteger a natureza, a água e a biodiversidade; e Condições de vida digna no campo para todo povo.
Edição: Rodrigo Durão Coelho