Uma audiência que busca responsabilizar a BHP Billiton, uma das acionistas da Samarco, pelo crime socioambiental em Mariana (MG), teve início na semana passada. A ação coletiva contra a transnacional é movida por mais de 200 mil pessoas, 25 municípios, 530 empresas, uma arquidiocese católica e membros da comunidade indígena Krenak.
O objetivo é pôr fim à impunidade do crime em relação ao rompimento da barragem de Mariana em novembro de 2015, que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados e causou extensos danos ambientais, sociais e econômicos.
A BHP Billiton será processada por danos estimados em £ 5 bilhões, o equivalente a R$ 33 bilhões de reais.
Segundo dados divulgados pela Rede Nossa São Paulo, o lugar de moradia é fator determinante para enfrentar com melhores resultados a covid-19. O levantamento mostra que a distribuição de leitos de UTI vinculados ao SUS no município exclui cidadãos que moram nas periferias da cidade. Apenas 3 subprefeituras - Sé, Pinheiros e Vila Mariana - localizadas nas regiões mais ricas e centrais, concentram mais de 60% dos leitos de UTI do SUS.
Enquanto isso, 20% da população, ou 2 milhões e 375 mil pessoas, que vivem em 7 subprefeituras localizadas nas periferias do município, não contam com um leito sequer.
Diante dessa realidade, foi lançado o manifesto "Pelas Vidas de São Paulo". A primeira meta proposta no manifesto ‘Pelas Vidas de São Paulo’ é uma renda básica para as famílias e pessoas mais vulneráveis, como as que estão em situação de rua. Essa medida seria o primeiro passo e o mais fácil de se colocar em prática a curto prazo, segundo Malu Molina, ativista, cientista política e idealizadora do projeto.
Confira ainda no jornal detalhes sobre a carta assinada por um grupo de 152 arcebispos e bispos da Igreja Católica, chamada de "Carta ao Povo de Deus", com duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
No documento, os religiosos citam que o governo federal demonstra "omissão, apatia e rechaço pelos mais pobres", além de "incapacidade para enfrentar crises".
Os bispos afirmam que a situação "é visível nas demonstrações de raiva pela educação pública; no apelo a ideias obscurantistas; na escolha da educação como inimiga e nos sucessivos e grosseiros erros na escolha dos ministros".
Ainda de acordo com o texto, os bispos e arcebispos afirmam que o presidente da República usa o nome de Deus para "difundir mensagens de ódio e preconceito".
Confira todos os destaques no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos
