O Brasil fechou 1.198.363 vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre 2020, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (28) pelo Ministério da Economia.
Leia também: Pela primeira vez, Brasil tem menos de 50% dos trabalhadores ocupados
O número é a diferença entre as 6.718.276 contratações e as 7.916.639 demissões registradas. No mesmo período em 2019, foram criadas 408 mil vagas, ainda de acordo com dados computados pelo governo.
O recordista de vagas fechadas foi o setor de serviços, com 507.708. Em seguida, vem o comércio, com perda de 474.511 postos. Na construção, o terceiro colocado, foram 32.092 empregos a menos.
Em meio à crise de outras áreas, o setor da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o único que abriu novos empregos formais – no primeiro semestre, foram 62.633 vagas.
Leia mais: Corrida por importações na pandemia evidencia efeitos da desindustrialização no país::
Segundo o Ministério da Economia, o prejuízo da pandemia da covid-19 à economia foi o principal fator para desempregar tanta gente. O governo, no entanto, comemorou o fato de que o ritmo do fechamento de postos desacelerou em junho – foram 10.984 vagas a menos no mês, a menor perda do ano.
“Não podemos comemorar a perda de um emprego sequer, no entanto, comemoramos sim a melhora da economia e a melhora do mercado de trabalho. Temos, sim, motivos para comemorar nesse sentido”, afirmou o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco.
Edição: Rodrigo Chagas