A resolução 807/2020 da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), publicada na última segunda-feira (3), determina as novas regras para a produção e comercialização da gasolina consumida no Brasil.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o combustível que chegará aos postos, agora, tem o intuito de combater a baixa qualidade da gasolina oferecida por marcas internacionais, que invadiram o país desde 2017, ano em que a Petrobras passou a adotar uma política de preços de paridade com o mercado internacional. A importação de gasolina cresceu 82% e o diesel 67%, em todo o território nacional.
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O novo combustível terá que ser oferecido em todos os postos do país. Segundo a ANP, a nova gasolina reduzirá em até 6% o consumo dos veículos e provocará maior eficiência energética. O objetivo é fazer com que a melhora na qualidade do produto reduza danos aos motores de veículos, principalmente os de recente fabricação.
A nova gasolina já é produzida pela Petrobras desde o começo de 2020 e comercializada nos postos da estatal. As demais revendedoras terão um prazo de 60 dias para oferecer o combustível aos seus clientes.
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O novo padrão tornará a gasolina mais cara. Em nota, a Petrobras se eximiu de culpa pelo valor. “O preço do combustível é definido pela cotação no mercado internacional e outras variáveis, como valor do barril do petróleo, frete e câmbio. Portanto, esses fatores podem variar para cima ou para baixo e são mais influentes no preço do que o custo adicional de especificação.”
Edição: Rodrigo Chagas