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Foi a língua portuguesa que me fez conhecer a pessoa mais inteligente do mundo

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Nesta semana, Mouzar Benedito traz uma dúvida que todos tempos: quem é a pessoa mais inteligente do mundo? - Foto: Patrick Tomasso /Unsplash
Um dia haveria de conhecer esse senhor Fatuec, ficar cara a cara com ele, e ouviria palavras sábias

Quem é a pessoa mais inteligente que existe ou já existiu?

Quando eu era criança diziam que Ruy Barbosa era o tal. Nenhum brasileiro teria sido mais inteligente do que ele. Havia até quem dizia que foi o sujeito mais inteligente do mundo.

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Conheci um sujeito que dizia ser o estadunidense Thomas Edison, que patenteou mais de duas mil invenções, incluindo a máquina de filmar e a transmissão de energia elétrica.

Mas esse tal de Edison era mesmo é esperto. Seus empregados inventavam coisas maravilhosas e ele patenteava em seu nome. E andou dando uns trambiques nesses empregados, como Nikola Tesla, que não recebeu a grana prometida por certas invenções que o patrão patenteou, incluindo a transmissão de energia elétrica.

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Muita gente acha que o italiano Leonardo Da Vinci sim, era o mais inteligente. Há mais de 500 anos já projetava coisas como o submarino, o helicóptero, o paraquedas e muitas outras. E foi matemático, poeta, pintor… Manjava de tudo, e muito.

Como pintor, foi dos mais célebres. Basta lembrar duas de suas obras: a Santa Ceia e a Monalisa. Mas um amigo meu, Chico Villela, disse que quando criança e morando em Itajubá, achava que existia um sujeito inteligente demais, que pelo nome devia ser “turco”.

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Chamava-se Fatuec. E devia ser morador de Itajubá (MG), porque seu pai o citava sempre, quando ia dar uma opinião definitiva sobre qualquer assunto.

O Chico nunca perguntava ao pai quem era o Fatuec, mas sempre que podia dava uma volta pelas lojas de turcos, que na verdade eram árabes, tentando ouvir falar do sujeito.

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Não perguntava a ninguém. Só ouvia as conversas. Um dia haveria de conhecer esse senhor Fatuec, ficar cara a cara com ele, e ouviria palavras sábias diretamente de sua boca.

Mas escutava mesmo era o pai concluindo sempre que o Fatuec era o bambambã da sabedoria. Um dia criou coragem e perguntou ao pai quem era esse Fatuec. O velho deu risada e explicou.

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Sempre que ia dar a fala final sobre alguma coisa dizia: “O fato é que...”. E o Chico entendia essas palavras como sendo uma só, emendava tudo.

Assim, “o fato é que” virava Fatuec…

Seu Zé, pai dele, concluiu para ele, falando pausadamente, sem emendar as palavras: “O fato é que não existe nenhum Fatuec”.

 

Edição: Lucas Weber