Mudanças

TSE cancela biometria e cogita divisão por faixa etária para as eleições de novembro

Segundo presidente do tribunal, Luis Barroso, a princípio haverá um horário reservado para pessoas com mais de 60 anos

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Pleito está marcado para os dias 15 e 29 de novembro
Pleito está marcado para os dias 15 e 29 de novembro - Divulgação

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quarta-feira (5) que haverá mudanças nas eleições municipais em razão da covid-19. O pleito está marcado para os dias 15 e 29 de novembro.

Segundo ele, desta vez a identificação por biometria não será utilizada – até agora, 117.594.975 brasileiros se cadastraram biometricamente, segundo dados divulgados pelo TSE. A mudança fragiliza a segurança na identificação, mas previne do contágio por toque, afirmou o ministro.

Outra mudança, ainda em fase de estudos, deve ocorrer no horário para votação. Barroso disse que o TSE estuda estender as horas disponíveis aos eleitores.

"Nessas eleições, em nome da segurança dos eleitores, e para evitar aglomerações, nós estamos, sim, cogitando a ampliação do horário. A primeira ideia que surgir foi de ampliar para 12 horas – passar de 8h para 20h –, na expectativa de que, com essa extensão, se espaçasse ao máximo o fluxo de pessoas, evitando aglomerações", declarou Barroso. 

O TSE também trabalha com a hipótese de restringir horários por faixa etária. Segundo o presidente do tribunal, a princípio, o horário das 8h às 11h será reservado a pessoas com mais de 60 anos, consideradas grupo de risco para o novo coronavírus. A confirmação da medida ainda depende, afirma o Barroso, da conclusão de estudos demográficos.

Eleitorado

O número de eleitores no Brasil cresceu de 144.088.912 para 147.918.483, na comparação com a última eleição, conforme dados divulgados pelo TSE nesta quarta. O aumento representa crescimento de 2,66%. 

Entre os aptos a votar, 77.649.569 são mulheres (52,49%) e 70.228.457 são homens (47,48%). Cerca de 40 mil (0,03%) preferiram não informar o gênero. Ainda segundo o tribunal, 9.985 cidadãos utilizarão o nome social para votar.

Edição: Rodrigo Chagas