Movimentos populares e centrais sindicais realizam um dia de luto e luta em homenagem às vítimas da covid-19 no país e contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), nesta sexta-feira (7). O Brasil já tem mais de 98 mil mortes decorrentes do coronavírus. Para os movimentos e centrais, o governo é responsável pela maioria das mortes, pela gestão incorreta da pandemia.
Serão realizados atos virtuais e presenciais em 23 estados, na semana em que o país pode atingir a triste marca de 100 mil mortes por covid-19. Na região do ABC Paulista, trabalhadores farão 100 minutos de paralisação em fábricas; em Macéio (AL) e Goiânia (GO), serão colocadas 100 cruzes em pontos de grande circulação. Em Salvador (BA), serão colocadas 100 faixas, e em Porto Alegre (RS), 100 balões. Confira a programação do Dia Nacional de Luto e Luta.
Confira também reportagem sobre a preocupação de pais e responsáveis com o plano do governo de João Doria, em São Paulo, de retomar no dia 8 de setembro as aulas presenciais nas escolas de todo o estado. Eles questionam a capacidade de controle da pandemia em ambiente escolar.
A volta às aulas também levantou uma outra questão: o que pode acontecer aos pais e responsáveis que se negarem a enviar seus filhos à escola.
De acordo com Ariel de Castro Alves, advogado especialista em Políticas Públicas de Direitos Humanos e Segurança Pública, o Código Penal determina que o chamado abandono intelectual é crime, ou seja, quando crianças em idade escolar são impedidas de receber instrução.
No entanto, o jurista considera que a pandemia do novo coronavírus é uma justificativa válida, uma vez que o Estado pode colocar as crianças e adolescentes em situação de risco à vida e à saúde.
Já a Prefeitura de São Paulo iniciou nesta quarta-feira (5), um inquérito sorológico para decidir sobre o retorno ou não das aulas na rede municipal de ensino. A pesquisa da Secretaria Municipal da Saúde consiste em fazer o teste em 24 mil crianças e adolescentes da cidade. Serão 4 etapas, com 6 mil testes realizados por vez.
Na contramão da tentativa do governo Bruno Covas de retomar as atividades da pré-escola e do ensino fundamental 1 e 2, a co-deputada da Bancada Ativista pelo PSOL, Paula Aparecida Carvalho, protocolou Projeto de Lei para cancelar o ano letivo de 2020.
A co-deputada, que também é professora da rede estadual há mais de 10 anos, considera que retomar as aulas agora é muito perigoso: "Além de a pandemia não estar controlada, o local da escola é um ambiente propício para a proliferação do vírus".
Confira todos os destaques e o jornal completo no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos