O Arruda foi palco de uma decisão histórica no Campeonato Pernambucano. Com vitória por 4×3 nos pênaltis, após empate em 0x0 no tempo normal, o Santa Cruz sofreu um baque duro contra o Salgueiro, que conquistou seu primeiro título estadual. Ineditismo no futebol local também para o interior.
O mais doído dos confrontos ante o Caracará. Por outro lado, fica difícil não reconhecer a importância que a taça levantada pelo Tricolor sertanejo tem para a mínima quebra de estruturas no futebol pernambucano. Antes do feito, Santa Cruz, Sport e Náutico se mantinham sobre uma hegemonia de diversos ângulos: financeiro (ainda muito presente) e dentro de campo. Uma coisa sendo, muitas vezes, aparato para a outra.
Por isso, apesar de triste, o sentimento dessa derrota não é de todo estranho. O Sertão está em festa, e não é porque a chuva resolveu cair. Isso, certamente, é motivo suficiente para qualquer torcedora (o) abrir mão de sua individual vontade por um triunfo de seu clube do coração, considerando, claro, os devidos contextos.
Ainda assim, cabe alguns adendos: com razão, o técnico Itamar Schülle teceu duras críticas à arbitragem da partida. Aos 13 minutos, Fabiano avançou pela ponta esquerda e cruzou. Jeremias, centralizado, balançou as redes. Mas o bandeira, mal posicionado no lance, assinalou impedimento – no que poderia ser o gol da vitória coral.
Depois da partida, Schülle não concedeu entrevista à imprensa e falou apenas com a assessoria do clube. Vale destacar: em um pós-jogo que decidiu a final do campeonato. Sem tempo para render reclamações, o Santa Cruz viajou na manhã dessa quinta (06) para Belém/PA, onde encarou o Paysandu, às no sábado, na Curuzu, pela rodada de abertura da Série C do Campeonato Brasileiro 2020.