A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas pelo ex-ministro Antonio Palocci e vazadas pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições presidenciais de 2018, sobre suposto caixa de propinas para Lula administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram desmentidas pela investigação. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
De acordo com a PF, depoimentos de testemunhas e de delatores desmentiram a delação de Palocci, que ganhou prisão domiciliar, além de benefícios em seus processo em troca da delação.
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O delegado Marcelo Daher encerrou o inquérito sem indiciar os acusados e afirmando que as informações dadas por Palocci em sua delação “parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet”, sem “acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais”.
Ainda segundo Daher, “as notícias jornalísticas, embora suficientes para iniciar o inquérito policial, parece que não foram corroboradas pelas provas produzidas, no sentido de dar continuidade à persecução penal”. Ele encaminhou o resultado ao Ministério Público Federal.
O inquérito foi aberto para investigar declarações de um dos anexos da delação premiada de Palocci homologada pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribuna Federal).
Artigo original publicado em Rede Brasil Atual.